26/04/2015

asas de borboleta são a resposta para ecrãs à prova de brilho

por vezes perguntam-me porque comprei um Kindle em vez de um tablet... obviamente não o "Kindle Fire HDX 7" (que para mim já é mais um tablet do que um Kindle no sentido estrito), mas sim a versão original do e-reader o "Kindle Paperwhite". A razão é simples: porque é o que melhor cumpre o que eu procuro num e-reader, ou seja, tal como está na tagline do Kindle, "the perfect reading experience". E o que dá a este modelo do Kindle essa capacidadade? a completa ausência de brilho do ecrã ("reflexos"), independentemente da luz ambiente, o que torna a leitura muito mais agradável e muito mais próxima de um livro!

agora, e se essa "experiência" pudesse estar disponivel em TODOS os ecrãs?! pondo fim ao "estrabismo" que resulta de tentar ler e-mails num dia ensolarado?! segundo o artigo da Wired que li, a resposta parece estar... nas asas de uma borboleta ;)))

as asas de borboleta podem assim ser a solução para a criação de ecrãs à prova de brilho, sejam smartphones, laptops ou tablets! os investigadores acreditam que, recriando a estrutura das asas da borboleta "glasswing", podem ser capazes de conseguir desenvolver ecrãs completamente não reflectores

a borboleta em questão tem asas transparentes que quase não refletem qualquer luz. As asas são capazes de fazer isso porque "a estrutura da sua superfície é constituída por uma distribuição aparentemente aleatória de nanoestruturas de diferentes alturas separadas por distâncias variáveis" (fonte)​​

os investigadores do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, na Alemanha, que descobriram o fenómeno, referem que uma versão sintética desta estrutura pode perfeitamente ser desenvolvida para aplicação em todos os equipamentos com ecrãs.  Os resultados foram publicados na revista Nature Communications, que os mais nerds podem ler aqui

isto é inovação, como mandam as regras e o fora da caixa ;)) e é este tipo de inovação que diferencia um produto, e que o pode tornar (ou manter) lider! por isso é que, para mim, a gestão de inovação tem de fazer parte da natureza das marcas; é uma questão de sobrevivência da mais bem adaptada