a inteligência artificial e o existencialismo pelas mãos de Silicon Valley
actualmente os robôs conseguem fazer (literalmente qualquer) tarefa! e se não o fazem hoje, vão poder fazer amanhã... sempre com o pressuposto de que as máquinas são "ferramentas" que estão ao nosso serviço
no entanto, com o desenvolvimento de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, encontramos hoje máquinas autónomas que estão "capacitadas" para aprender, fundamentar, criar e tomar decisões
neste mundo cada vez mais distópico, pós-emprego, parece que tudo o que a humanidade pode fazer é vaguear pelas praias questionando-se acerca da cruel reviravolta que teremos infligido sobre nós próprios
mas... espera! Parece que os robôs agora também podem fazer isso por nós!
Yuxi Liu criou, para a sua tese de mestrado em "Design Informatics", um projeto chamado "Poet on the Shore", que assume a forma de um robô que segue pela areia imprimindo poesia... a idéia é que o robô use a sua envolvente para gerar e escrever poesia, como qualquer humano o pode fazer. Com isso em mente, está equipado com vários sensores inteligentes para medir condições externas, como temperatura externa e a velocidade do vento
no entanto, com o desenvolvimento de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, encontramos hoje máquinas autónomas que estão "capacitadas" para aprender, fundamentar, criar e tomar decisões
neste mundo cada vez mais distópico, pós-emprego, parece que tudo o que a humanidade pode fazer é vaguear pelas praias questionando-se acerca da cruel reviravolta que teremos infligido sobre nós próprios
mas... espera! Parece que os robôs agora também podem fazer isso por nós!
Liu refere que o protótipo atual ainda não está funcionar plenamente
no sentido de "gerar" poesia autónomamente, mas pretende tornar isso
possível com resurso à inteligência artificial
“I’m trying to work with TensorFlow and ConceptNet for the next step. What it can do in its current state is to automatically write out programmed poems, using an in-built device similar to a drawing machine.” (fonte)
claramente há mais a fazer, mas o trabalho toca um ponto de interesse real: sobre se uma máquina pode ou não ser criativa. Como Liu escreve na sua tese (link),
“‘Poet on the Shore’ is an attempt to challenge the anthropocentric assumption regarding machines by demonstrating the machine’s poetic sensitivity. The robot intervenes in the world. These interventions, expressed through the kinetic and poetic gestures, reveal its non-utilitarian existence: the verse it writes will eventually be washed away by the waves or winds.”
obviamente que a "criatividade" tem tudo a ver com marcas, publicidade, design... Por isso também nós profissionais da área devemos procurar contribuir ativamente para a reflexão no tema, de que papel queremos para inteligência articial no mundo das marcas. Fica o desafio!
entretanto esperamos pelo próximo passo do projeto, a acreditar no potencial que pode trazer para reflexão um poeta robô torturado que escreve poemas
como se fossem mensagens Snapchat: o existencialismo pelas mãos de Silicon Valley no seu melhor
criatividade, prazos e o "overnight test"
o difícil equilíbrio entre criatividade e prazos: os clientes exigem a entrega em tempos cada vez mais curtos, as agências reclamam o seu tempo e espaço. Que relação existe entre tempo e criatividade?
o vídeo lembrou-me imediatamente o artigo "A Short Lesson in Perspective" de Linds Redding, escritor que, infelizmente, já não se encontra entre nós. Nas palavras de Matthew Creamer (da Advertising Age) trata-se "the best piece of advertising writing you've never read" (ver aqui post no adage.com).
o artigo de Linds fala do "the overnight test" que a dupla Linds e Laurence usava como forma de avaliar se uma ideia era boa ou não! eu resumo o conceito: se no dia a seguir à ideia ter sido criada, ainda fosse tão boa ou melhor que lhes tinha parecido antes, então avançavam!! mas...
encontrei este vídeo que quis recuperar, #OldButGold, com um case muito bem conseguido sobre a relação entre resultado criativo e as restrições de limite de tempo. Fica evidente que, quanto menos tempo, menos criatividade! e o vídeo mostra-o de forma exímia
o vídeo lembrou-me imediatamente o artigo "A Short Lesson in Perspective" de Linds Redding, escritor que, infelizmente, já não se encontra entre nós. Nas palavras de Matthew Creamer (da Advertising Age) trata-se "the best piece of advertising writing you've never read" (ver aqui post no adage.com).
o artigo de Linds fala do "the overnight test" que a dupla Linds e Laurence usava como forma de avaliar se uma ideia era boa ou não! eu resumo o conceito: se no dia a seguir à ideia ter sido criada, ainda fosse tão boa ou melhor que lhes tinha parecido antes, então avançavam!! mas...
But here’s the thing.
The Overnight Test only works if you can afford to wait overnight. To sleep on it. Time moved on, and during the nineties technology overran, and transformed the creative industry like it did most others. Exciting new tools. Endless new possibilities. Pressing new deadlines. With the new digital tools at our disposal we could romp over the creative landscape at full tilt. Have an idea, execute it and deliver it in a matter of a few short hours. Or at least a long night. At first it was a great luxury. We could cover so much more ground. Explore all the angles. And having exhausted all the available possibilities, craft a solution we could have complete faith in.
Or as the bean counters upstairs quickly realized, we could just do three times as many jobs in the same amount of time, and make them three times as much money. For the same reason that Jumbo Jets don’t have the grand pianos and palm-court cocktail bars we were originally promised in the brochures, the accountants naturally won the day.
Pretty soon, The Overnight Test became the Over Lunch Test. Then before we knew it, we were eating Pot-Noodles at our desks, and taking it in turns to go home and see our kids before they went to bed. As fast as we could pin an idea on the wall, some red-faced account manager in a bad suit would run away with it. Where we used to rely on taking a break and “stretching the eyes’ to allow us to see the wood from the trees (too many idioms and similes? Probably.) We now fell back on experience and gut-feel. It worked most of the time, but nobody is infallible. Some howlers and growlers definitely made it through, and generally standards plummeted.
The other consequence, with the benefit of hindsight, is that we became more conservative. Less likely to take creative risks and rely on the tried and trusted. The familiar is always going to research better than the truly novel. An research was the new god. The trick to being truly creative, I’ve always maintained, is to be completely unselfconscious. To resist the urge to self-censor. To not-give-a-shit what anybody thinks. That’s why children are so good at it.
desculpem a extensão das transcriçao ;) mas impunha-se para conseguir passar o ponto de vista! aconselho vivamente a leitura do texto integral aqui
na era digital actual, com o acesso imediato à informação e do marketing em tempo real, fico curioso para ver como vamos responder a este desafio (de dar tempo ao tempo) e que compromissos vamos estar dispostos a fazer. Eu vou estar sempre a votar pela qualidade, pelas razões óbvias. Se é pelo tempo que é preciso lutar, então seja!
na era digital actual, com o acesso imediato à informação e do marketing em tempo real, fico curioso para ver como vamos responder a este desafio (de dar tempo ao tempo) e que compromissos vamos estar dispostos a fazer. Eu vou estar sempre a votar pela qualidade, pelas razões óbvias. Se é pelo tempo que é preciso lutar, então seja!
"Ooho!": a garrafa de água comestível
Ooho! é um projecto para a criação de uma "garrafa de água comestível" que espera substituir os milhões de garrafas de plástico produzidas e deitadas fora todos os anos
a bola de água, chamada "Ooho!" É uma membrana biodegradável e natural que pode ser totalmente engolida e digerida. Feita de um extrato de algas marinhas é completamente incolor e insípida, embora sabores podem ser adicionados
a empresa responsável pelo desenvolvimento do produto, a Skipping Rocks Lab, foi fundada por três estudantes de design com o apoio do Imperial College London, e pretende apresentar uma série de projectos "sustentáveis", dos quais Ooho! é o primeiro
em baixo vídeo com apresentação do conceito. Apesar de só agora se estar a tornar "viral", o conceito já anda por cá desde 2014
o projecto tem em plano testar o uso destas bolas apresentando-o em grandes eventos como maratonas e festivais de música
a Skipping Rocks Lab diz que o material é mais barato do que produzir uma garrafa de água de plástico. Para criar as bolas, um bloco de gelo é mergulhado numa solução de cloreto de cálcio e algas marinhas, que ganham a forma de uma membrana em torno do bloco. Esta membrana pode ser descascada para manter o exterior limpo para consumo.
segundo o jornal Telegraph a mais recente campanha no crowdfunding no site CrowdCube angariou £582.000, sendo que mais de 500 pessoas investiram no projeto
produto impressionante! design, inovação e sustentabilidade no seu melhor. GOSTO.
a empresa responsável pelo desenvolvimento do produto, a Skipping Rocks Lab, foi fundada por três estudantes de design com o apoio do Imperial College London, e pretende apresentar uma série de projectos "sustentáveis", dos quais Ooho! é o primeiro
em baixo vídeo com apresentação do conceito. Apesar de só agora se estar a tornar "viral", o conceito já anda por cá desde 2014
o projecto tem em plano testar o uso destas bolas apresentando-o em grandes eventos como maratonas e festivais de música
a Skipping Rocks Lab diz que o material é mais barato do que produzir uma garrafa de água de plástico. Para criar as bolas, um bloco de gelo é mergulhado numa solução de cloreto de cálcio e algas marinhas, que ganham a forma de uma membrana em torno do bloco. Esta membrana pode ser descascada para manter o exterior limpo para consumo.
segundo o jornal Telegraph a mais recente campanha no crowdfunding no site CrowdCube angariou £582.000, sendo que mais de 500 pessoas investiram no projeto
produto impressionante! design, inovação e sustentabilidade no seu melhor. GOSTO.
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