por esta não estavas à espera

o famoso "Red Light District" é o centro do tursimo sexual de Amsterdão. O local ideal para uma acção contra o tráfico de mulheres. Gosto de acções de activação que nos desarmam... que nos entusiasmam, que nos envolvem, e depois, pooooowww, murro no estômago. Acções como esta têm mesmo de ser assim.















vejam o vídeo da acção, uma iniciativa da organização Stopthetraffik.org



espécie de disclaimer: não tenho nada contra o Red Light District, e isto não é uma acção contra o que ele é ou representa, é uma acção contra o tráfico de mulheres, ponto. E isso, é uma luta que merece ser travada. A comunicação tem um papel fundamental, está aqui a prova, não acham?

uma maquina de vending da Moët & Chandon

uma máquina de vending com champagne Moët & Chandon é a verdadeira pièce de résistance =pp principalmente se estivesse lá no escritório =DD



a máquina armazena centenas de garrafas de 200ml =DDD, ao preço de 29 dólares cada. Estas primeiras maquinas da Moët & Chandon vendem garrafas de edição limitada especialmente produzidas para a "Selfridges", com uma etiqueta de art-deco verde com enfeites de cristal Swarovski

quer a Moët & Chandon quer a Selfridges postaram fotos da máquina nas respectivas páginas de média social

























o que vos parece, estarão a comprometer os valores da marca ou, pelo contrário, a manter a marca aspiracional, mas menos intimidante?

a moda das "selfies" veio para ficar

a Lowe (África do Sul) desenvolveu uma campanha muito #TOP para o jornal local Cape Times. Fotografias famosas foram transformadas em "selfies", com o headline "You can't get any closer to the news"






































por muito que uma pessoa se sinta inundada por "selfies" de tudo e de todos, a verdade é que a ideia criativa funciona muito bem, a campanha fica divertida e chama a atenção. Imaginar o Churchill ou a Jackie a tirarem selfies é divertidissimo, confesso! e o mais interessante... é que só não são mesmo verdade porque não calhou!! isto a olharmos para os perfis das redes sociais de muitos "famosos"...

se a montanha não vai a maomé...

em Londres existe uma empresa que entrega cerveja, todas as sextas-feiras, à secretária dos mais merecedores

chama-se DeskBeers e é, na verdade, um serviço que as empresas podem subscrever que garante à secretária do escritório, todas as sextas-feiras ao final do dia, uma cerveja artesanal local diferente



a minha parte preferida? quando na sua pagina da Internet, vendem o serviço com o argumento "reward your staff" #LOL

"Desculpas". É o que nós não precisamos...

"Desculpas"!!! É o que nós não precisamos, assim como é também o titulo da campanha que a Fuel criou para a MOP para promover a competição Young Creatives














no vídeo da campanha, diretores de marketing de grandes empresas nacionais, "destroem" ideias, queimando, cortando, rasgando e atirando "scripts" para o lixo com um desprezo espetacular. O spot termina com o call to action: "Esta é a tua oportunidade: Young Creatives Competition do Eurobest. Participa. Aqui não há desculpa do cliente"



estando do lado dos "clientes" (se é que isto tem lados...) é verdade que gosto imenso da forma como a campanha explora todo o estereótipo do cliente como o exterminador das ideias (super)criativas. Se era essa a desculpa para a criatividade, então mãos à obra!! e muito jogo de cintura meus senhores, muito jogo de cintura mesmo, esse é o meu conselho. Isto tendo presente, claro, que se os conselhos fossem bons, não se davam, vendiam-se.

nós só fomos ali e não demoramos nada

"nós só fomos ali e não demoramos nada"!!!! copy espetacular para a acção de guerrilha:
"os lisboetas que hoje de manhã (11 de Novembro) tentaram estacionar o automóvel no parque ao ar livre do Saldanha, em Lisboa, depararam-se com os lugares ocupados por cadeiras de rodas, iniciativa que pretendeu alertar para a utilização indevida dos espaços reservados a deficientes

as cadeiras de rodas, algumas com os seus ocupantes, outras não, apresentavam recados escritos com mensagens como "volto já", "demoro só um bocadinho" ou "vou só beber um café", as justificações habituais para quem, não tendo qualquer tipo de limitação física, estaciona o seu automóvel nos lugares reservados a pessoas com deficiência

a ação cívica "Ocupe o seu lugar" foi organizada pela Associação Salvador, em parceria com o grupo Lisboa (in)acessível e com a EMEL, e trata-se de "uma forma de protesto por todos os cidadãos que não respeitam os lugares das pessoas com mobilidade reduzida", disse à agência Lusa o presidente da associação" 
tudo isto pode ser lido no Expresso (via). E a acção parecia-me familar! já sei!! a 23 de Setembro (de 2013):
"um protesto diferente marcou o último sábado (21), em Boa Vista. As vagas de estacionamento do comércio da Avenida Jaime Brasil estavam ocupadas por 16 cadeiras de rodas. A iniciativa surgiu de um grupo local para conscientizar a população sobre o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.
a vereadora Mayara Ferreira (PMDB), defensora da causa, enfatizou que o ato é para sensibilizar a população. “A ação serve para as pessoas sentirem na pele o que passamos e também a dificuldade de procurar uma vaga e não ter”, desabafou."
tudo isto pode ser lido no Portal Amazonia (via). E mesmo assim... continuava a parecer-me familiar:
"no dia 30 de abril (2013), numa iniciativa organizada pelos alunos de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas, da UTAD (Vila Real, Portugal), os vários lugares de estacionamento, numa das ruas mais movimentadas da cidade, foram ocupadas por cadeiras de rodas.

o objetivo principal desta iniciativa foi sensibilizar os cidadãos, nomeadamente os automobilistas, para o respeito pelo espaço público, de modo a evitar a ocupação abusiva dos lugares destinados a deficientes. 

um outro propósito foi perceber como a sociedade reage e qual o contributo que os alunos de Engenharia de Reabilitação podem dar na mudança das mentalidades."














 
tudo isto pode ser lido no blog Bica (via)

uffffff... parei!

a acção é excelente!!! seja onde for e quando for. E podem repetir 500 vezes, que eu vou estar lá estar a apoiar. Mas quis aproveitar para mostrar a dificuldade que muitas vezes a originalidade enfrenta na área da comunicação. Que acharam?

porque é que a 20th Century Fox deixou em branco duas páginas do New York Times

na secção principal da edição impressa do The New York Times de 22 de Outubro os leitores encontraram as páginas centrais praticamente em branco




  








o que à primeira vista poderia parecer um erro grosseiro de impressão era afinal uma acção ousada da 20th Century Fox, que comprou o espaço para promover a adaptação para cinema do romance best-seller "The Book Thief" de Markus Zusak

para além de todo o vazio, na parte inferior da segunda página aparecia um único URL "wordsarelife.com", que encaminhava para um website com informação sobre o filme

























o objectivo desta acção era recrear a experiência do personagem principal do romance! nas palavras de Julie Rieger, Exec VP-Media da 20th Century Fox,
"In our marketing world today, we have this give, give, give attitude. (...) Click here, call this number, get more content. We're sending people all over the place. But with this, we actually wanted to take something away, to make people feel what it would be like to live in a world without words, if only for a moment. That's how our character Liesel exists when we first meet her in the movie."
"You wonder, what would the world be like without words, without The New York Times. It's a very symbiotic relationship. There are only few things so powerful." (via)
o custo de duas páginas inteiras do NYT é de aproximadamente $210,000 (valores de tabela)... Por isso uns chamaram-lhe a acção mais idiota de sempre, outros acharam-na criativa e que justificou cada cêntimo investido, dada a enorme atenção que teve. A verdade é que mais ninguém sabe, viu ou falou de nenhuma outra acção do filme, por isso... e vocês, o que acham?