o blog as Marcas que ficam tem sorte! Tem sorte porque tem amigos capazes de coisas
surpreendentes. Este post é de um desses amigos, o António Jorge, do Instituto Superior de Gestão
[link], e fala sobre a problemática do marketing nas pequenas empresas.
"Desenvolver a actividade de marketing numa pequena empresa tem uma dificuldade acrescida inerente à especificidade da própria empresa; isto é, o de ser pequena e de ter menos recursos.
"Desenvolver a actividade de marketing numa pequena empresa tem uma dificuldade acrescida inerente à especificidade da própria empresa; isto é, o de ser pequena e de ter menos recursos.
Muita da
actividade de marketing tem um carácter estratégico e portanto com reflexos
positivos na conta de exploração, apenas no longo prazo; por outro lado algumas
dessas actividades, como por exemplo os estudos de mercado e a informação
táctica do mercado, são muitíssimos caros para uma pequena empresa, aliás
impossíveis de comprar, porque o custo destes por unidade vendida é muitíssimo
alto, o que não se passa numa empresa de grande volume.
O cenário
descrito parece mais uma acha para a fogueira da crise, mas não é, trata-se
apenas da constatação de uma realidade incontornável da qual devemos ter
consciência, para de seguida buscarmos soluções que a possam contornar.
É nesse registo
que, analisando melhor as pequenas empresas, se percebe que, na maior parte dos
casos o seu sucesso e sobrevivência está dependente da intuição e experiência
do seu líder e quadros.
Assim pode-se,
numa determinada fase, substituir os estudos de mercado pelo conhecimento
existente na empresa; completando-o / validando-o com um desk research sobre
informação aberta e, não deixar de incorporar conhecimento de consultoria
pontual ou regular para ir executando actividades de marketing indispensáveis,
como o design de embalagem, o apoio às vendas e as definições estratégicas; uma
vez que são actividades que, inevitavelmente, tem de acontecer. Um tijolo hoje,
outro amanhã e daqui a uns tempos teremos uma casa.
Não é tradição no
nosso País, uma atitude de cooperação relativamente a certas acções da
actividade económica; como forma de viabilizar projectos repartindo custos
dentro de um mesmo sector. Quando falamos de mercados externos; esta solução
impõe-se (principalmente se os mesmo forem mais desenvolvidos), e já há bons
exemplos do sucesso que esta atitude de cooperação, pode dar; lembro-me dos
vinhos com a Viniportugal.
Em conclusão, não
existem razões para não se desenvolver o marketing nas pequenas empresas; o que
deve é ser considerada a sua especificidade e termos de necessidades,
disponibilidade de recursos e, cada vez mais, buscando uma solução de
cooperação sectorial."
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