"Reflections" campaign | Novartis

fotografias de Tom Hussey para campanha "Reflections" da Novartis, desenvolvida para o lançamento do "Exelon Patch", um medicamento para o tratamento da perturbação de Alzheimer; acho a campanha genial, porque está la tudo, não concordam?


















(ver campanha completa aqui)

our social plan

 
(via)

reinventem-se os meios | 3D printed record

numa altura em que a realidade aumentada aparece como o "next big thing" nesta área de (re)invenção dos meios, Amanda Ghassaei surpreende com o primeiro passo no que parece ser uma nova etapa na técnica de impressão 

3D printed record 

nas palavras de Amanda Ghassaei, "I've created a technique for converting digital audio files into 3D-printable, 33rpm records and printed a few prototypes that play on ordinary turntables. Though the audio quality is low the records have a sampling rate of 11kHz (a quarter of typical mp3 audio) and 5-6 bit resolution (less than one thousandth of typical 16 bit resolution) the audio output is still easily recognizable. These records were printed on an Objet Connex500 resin printer to a precision of 600dpi with 16 micron z axis resolution."


 

fica um exemplo, com a música dos daft punk; para todos os detalhes e explicação do processo de impressão ver aqui.

websites vary prices, deals based on users' information

segundo Wall Street Journal os preços comunicados no sítio da Internet de empresas como a Staples podem variar consoante a localização do cliente (identificada via IP Adress), conseguindo desta forma apresentar, em simultâneo, preços diferentes para os mesmos produtos para pessoas diferentes (ou melhor, em localizações diferentes)! mais, se a localização estimada do cliente for dentro de uma zona de influência de uma loja concorrente (num raio de 20 milhas) apresentam um preço com desconto comunicado.

nada que o retalho especializado já não faça loja a loja consoante os micro-mercados; lojas em locais diferentes tendem a praticar preços diferentes consoante o poder de compra dos "moradores"; mas tal é feito com algum cuidado deixando ao cliente a sensação de preços diferentes mas sem poder confirmar em tempo real, porque mesmo que visite outra loja será algum tempo depois, e certamente já não se vai lembrar dos preços todos. As páginas de Internet dedicadas à comparação de preços irão "minar" esta estratégia de princing? e a Internet móvel ou nos telemóvies! será que vou passar a comprar online quando passar de carro numa zona de preço mais interessante ;)

ver notícia completa aqui




children see things differently

acção da Lemz para o "Netherlands Consumer Safety Institute".

neste "mupi" ao verem um armário de cozinha através dos olhos de uma criança os pais conseguem perceber melhor porque é que os habituais produtos de limpeza se podem tornar tão atractivos para as crianças. 

através de impressão lenticular quem olha pode alternar entre a visão do mundo do adulto, e a visão de uma criança. Este mupi "dois em um" é uma forma muito clara e criativa de transmitir uma mensagem simples. O insight e o canal combinam-se de forma genial de forma a dar corpo a uma ideia criativa com impacto.
 


using one's mind actively

peça desenvolivda pela BBDO NY para o The Economist (2007); gosto de revisitar coisas bem feitas, e esta é perfeita para nos lembrar que "not all mind expanding substances are illegal" (um dos headlines da campanha)


jornais tentam provar aos anunciantes que ainda funcionam

com a crise a atacar os orçamentos de marketing e o online a ganhar quota, o meio impresso decide não baixar os braços.

para tentar provar a relevância e eficácia do meio a Newspaperwork (plataforma de marketing dos principais jornais da Bélgica) criou uma ação com três grandes anunciantes, a Telenet, BNP Paribas e a Coca-Cola. Ofereceram um motorista para os executivos dessas empresas, pois assim, finalmente, eles teriam tempo de ler os jornais. Pelo caminho, a empresa criou diversas tentativas de distrair os concentrados “leitores”. Em vão.

tudo para dizer, no final, que o jornal "funciona".


(via)

imagine

esta campanha "Imagine", trabalho da agência Blattner Brunne para a Lego, resulta naqueles que são, para mim, dos melhores anúncios impressos de sempre! captura o insight na perfeição, comunica de uma forma simples, coerente e deixa-nos com uma sensação de familiaridade impressionante; nós sabemos perfeitamente do que se trata!

esta campanha funciona porque percebe o que é a imaginação e declina esse significado numa ilustração limpa e directa; nada interfere entre o significado e a mensagem;
"the autonomy of imagination is an autonomy of freely projecting and of freely contemplating a proliferation of pure possibilities (...) it is by autonomous imagining that consciousness comes to know itself in its multifariousness (...). Imagination multiplies mentation and is its freest form of movement." (1)
dito de outra forma
“a imaginação não se limita a produzir conteúdos imagéticos que enriquecem a ligação entre a percepção e a compreensão (o entendimento), mas também estimula e enriquece a experiência, ajudando-a a “ler” os acontecimentos e a utilizar bases alternativas para a acção” (2).


























nota: para os interessandos, sugiro os posts "criatividade e prazos" parte 1 e parte 2.

(1) Prado, C. (1984). Making believe: Philosophical reflections on fiction. London: Greenwood Press.
(2) Mendes, J. (2001). Porquê tantas histórias: O lugar do ficcional na aventura humana. Coimbra: Minerva Coimbra.

simples, fácil, intuitivo

será o Windows 8 assim tão simples? é esta pergunta que uma surpreendente iniciativa que teve lugar na Fnac do Chiado procurou responder. Disclaimer: sou um Mac fanboy ;) mas esta acção está excelente, a ideia criativa cumpre perfeitamente com o objectivo, num efeito surpresa muito bem conseguido!

a BlackBerry no regresso à relevância

Frank Boulben assumiu recentemente o cargo como CMO da Research In Motion, a empresa por trás da marca BlackBerry. Nesta entrevista à Forbes (aqui) levanta o véu sobre a estratégia de marketing da BlackBerry para 2013, sendo que prepara já para Janeiro um regresso em grande com novo produto e campanha publicitária.

sobre o cliente BlackBerry Frank Boulben salienta:
"first they want a tool more than a toy, secondly the are hyperconnected... use multiple e-mail accounts (...), and third they are multitaskers (...) We optimize the blackberry experience so we answer those needs better than any other product outhere"
acho que o primeiro ponto é, sem dúvida, o grande factor diferencial - o blackberry é uma ferramenta de trabalho. Depois gosto da linha de raciocinio, limpa e consequente: reconhecem que a experiência Balckberry não corresponde actualmente à expectativa, traçam o perfil do cliente alvo tendo em conta aquilo que o define como utilizador do Blackberry, e definem o produto e respectiva experiência de utilização.

a canção de natal mais rápida do mundo

pergunta: o que é que acontece quando se junta espírito natalício e o BMW M135i?
resposta: a canção de natal mais rápida do mundo

smart eball

acção da Smart pela BBDO Proximity Berlin
“We wanted participants to experience the incredible driving fun of the electric smart and smart eball achieved that perfectly,” says Dr. Annette Winkler, Head of smart. “The aim of the game was understood immediately and anyone can just dive straight in – it’s just as intuitive and straightforward as our smart electric drive.”

to change lives

é a nova assinatura da Porto Business School: to change lives, e que acompanha a renovação do nome e imagem corporativa. A suportar esta assinatura - e promessa da marca - uma campanha impressa e online com base em testemunhos reais de antigos alunos. Tenho o previlégio de fazer parte desta escola e desta campanha.


customer service | the skull of regret

o atendimento ao cliente é um dos temas mais trabalhados no marketing pela importância que tem, mas, curiosamente, é também daqueles que as empresas mais rapidamente deixam para segundo plano em função de outra coisa qualquer, seja ela qual for.

isto acontece principalmente por duas razões: porque nos esquecemos do objectivo do atendimento ao cliente e porque, na verdade, não temos métricas para avaliar o impacto nas vendas do mau e do bom atendimento ao cliente.

gosto da definição de Turban et al. (2002) (1) porque evidencia de forma clara o objectivo do atendimento ao cliente sem se perder com a definição do mesmo: "Customer service is a series of activities designed to enhance the level of customer satisfaction – that is, the feeling that a product or service has met the customer expectation." E não vale a pena perder mais tempo; o objectivo do atendimento ao cliente é aumentar o nível de satisfação do cliente. A satisfação do cliente não é um subproduto do atendimento, é a razão de ser do atendimento ao cliente! senão, tudo seria vendido em prateleiras, o cliente escolhia, levantava, pagava e ia-se embora...

se um cliente é mal atendido e não volta porque foi mal atendido na verdade nunca saberemos que perdemos esse cliente e a razão porque o perdemos. Não temos forma nenhuma de avaliar o impacto do real atendimento nas vendas, porque se o cliente não reclama, não nos resta mais nenhum indicador. Algumas empresas usam o "cliente mistério" para monitorizar a qualidade do atendimento, mas isso não nos informa da quantidade dos clientes que perdemos por eventual mau atendimento ou mesmo que ganhamos pela qualidade desse atendimento. O indicador "cliente mistério" dá-nos um índice da qualidade, mas o que significa esse índice em termos de perda ou ganho de clientes?

Se em média perdermos 1 cliente por dia devido ao mau atendimento são 365 clientes que perdemos num ano... se em média perdermos 1 cliente por dia e tivermos 30 pontos de venda... são 10950 clientes que perdemos num ano! quem é que se pode dar a este luxo?

Isto tem uma consequência directa e grave: não percebermos a verdadeira razão da diminuição nas vendas por perda de clientes, ou atribuirmos essa razão erradamente a outros factores, como por exemplo à qualidade do produto ou ao pricing.

o que acaba por acontecer é que, para controlar este tema, as empresas detalham programas de formação em boas práticas que são exaustivos e detalhados e demorados e... mas depois, na prática, no dia a dia, tende-se a deixar a qualidade do atendimento ao cliente nas mãos do bom senso das equipas... e quando isso acontece... esta ilustração - "the skull of regret" - apresenta de forma genial e hiper-realista os desafios no atendimento ao cliente que em particular as marcas da restauração no quick service enfrentam todos os dias e como no terreno se tem tendência a encarar o tema ;)






































sobre atendimento ao cliente, reclamações e momentos únicos para criar envolvimento com a marca, têm mesmo de ver este excelente post "Customer Service 2.0" do blog Brief do Lombo: "As marcas morrem de medo de casos como a Ensitel, preferindo esconder a resolver reclamações, esquecendo-se que cada queixa, cada reclamação, cada interacção com o cliente é uma oportunidade de criar algo extraordinário. De gerar simpatia à volta da marca... free media... awareness... e mais uma carrada de chavões que o Marketing adora utilizar."

(1) Turban, Efraim (2002). Electronic Commerce: A Managerial Perspective. Prentice Hall.

agir local - as unidades móveis | Del Popolo

a "Del Popolo" é uma pizzaria móvel instalada num contentor modificado para ser uma cozinha. Uma parede de portas de vidro expõe o interior, incluindo o tradicional "italian-made" forno de lenha.

o proprietário Jon Darsky trabalhou com quatro designers e gastou 180.000 dólares para encaixar o contentor num camião de entrega de veículos pesados​​, tornando esta unidade verdadeiramente móvel (a grande diferença face à "Illy Push Buton House"; ver
post sobre esta unidade móvel aqui). 

o forno que pode atingir temperaturas de 800 graus ocupa cerca de 1/3 do espaço no interior do contentor dando liberdade suficiente para o resto das operações. Cereja em cima do bolo: leva cerca de 1 minuto para cozinhar cada uma das pizzas. Porque mobilidade e rapidez são os básicos deste negócio.





invisible

acção da Australian Childhood Foundation pela JWT Mellbourne



























 
pelas tuas lágrimas Príncipe, porque não és invisível.

f**k the brands that are f**king the people

a comunicação da American Apperel é reconhecidamente polémica. Este anúncio, que nunca ninguém viu publicado mas aparece muitas vezes referenciado, é o único que não mostra "produto", só posicionamento


estratégia de marketing em período de crise

provavelmente dos melhores artigos que já encontrei sobre o tema! depois dos post's dedicados ao corte de investimento em marketing em períodos de crise (publicidade à beira do abismo parte 1 e parte 2) tinha de partilhar o artigo "How to Market in a Downturn" da Harvard Business Review (de 2009).

vale pela profundidade e rigor com que os autores analisam o que é estar no mercado durante um período de crise, assim como pela forma como apresentam e segmentam as principais alterações ao comportamento do consumidor neste período e respectivas tácticas a adoptar pelas empresas para cada um destes segmento de clientes. Por exemplo:

imagem: como o comportamento de cada segmento de consumidores muda























imagem: que ajustes às suas tácticas as empresas devem levar a cabo
























mas o texto é muito mais; outro exemplo: sendo um artigo sobre a gestão em tempos de crise também dedica uma secção do texto ao "Positioning for Recovery ", tema que é habitualmente esquecido! a crise não dura para sempre, e a recuperação tem de ser preparada ainda durante o periodo de crise, não depois e sem qualquer estratégia.

têm mesmo de ler o artigo, aqui.

10 trends para 2013 - intelligent objects

uma das tendências identificadas para 2013 pela JWT, que apresentei no post "10 trends para 2013", era a "intelligent objects". Fica aqui um bom trabalho da Frog Design que detalha muito bem até onde esta tendência pode ir


(via

the mouse foudation

acção da Toshiba "Keep Clicking" ou, diria eu, o ultimo grito do ipiranga
"preteridos pela tecnologia touch screen muitos são os ratos levados ao abandono. Ajude-nos a acabar com este flagelo. Keep Clicking."


aconselho mesmo uma visita ao sítio oficial (aqui) onde podem encontrar os testemunhos dramáticos do Clicky e Scrolly preteridos pelo touch screen.

agir local - as unidades móveis | Illy Push Button House

a "Illy Cafe in Push Button House", construída por Adam Kalkin, é um contentor marítimo que, ao carregar de um botão, se transforma num café totalmente funcional e com mobiliário.

esta unidade móvel para ser perfeita, perfeita, só falta ser verdadeiramente móvel, versus transportável! a logistica de trasporte desta unidade é brutal, o que de certeza há-de ser um impeditivo para estar tantas vezes presente como poderia e deveria



young consumers favor mobile phones over cars

é o titulo do mais recente post do blog Market Watch do The Wall Street Journal: "Young consumers favor mobile phones over cars".

sendo um titulo exgerado (e por isso um bom titulo) é uma excelente metáfora das mudanças geracionais no comportamento do consumidor. As consequências destas mudanças podem ser desatrosas se não forem antecipadas pelas empresas directamente afectadas! é nestes momentos que grande empresas, como a Ford, passam dificuldades enormes e outras emergem, na crista da tendência.

o que a Ford está a tentar fazer parece-me interessante, e um excelente passo, que é tentar trazer o que os clientes procuram para os seus produtos.
[excerto] "Sheryl Connelly, manager of global trends for Ford F ,  said it’s not always easy getting young consumers excited about automobile ownership.
During a presentation of the company’s first Looking Further with Ford…13 Trends for 2013 report, she pointed out that only three out of ten 16-year-olds in the U.S. hold a valid license, which means that 70% of them don’t even drive.
“Millennials don’t always see the car as an iconic symbol of status,” she said, referring to the demographic group with Baby Boomer parents who grew up after 2000. “It’s been replaced by the cell phone.”
alterações demográficas, sociais e tecnológicas estão na base desta alteração de comportamento. O serviço de transportes como o metro é muito mais presente e eficaz e constitui uma verdadeira alterativa a ser dono de um carro, um investimento sempre significativo! não só na compra, mas cada vez mais no dia-a-dia com os preços da gasolina actuais; ainda mais no periodo de incerteza que se vive de taxas de desemprego elevadíssimas.

interessantemente saiu uma noticia no Finantial Times em inicios de Novembro que aponta exactamente o mesmo caminho "‘Millennials’ drive rethink on marketing" e de onde queria salientar:
[excerto] "Only a quarter of respondents said they think they will earn more than their parents, a drop from 38 per cent in a separate Viacom study conducted in 2006. The stormy economic outlook also is shaping the generation’s views of happiness and success.
The generation is much closer with family than earlier groups. Their top definition of success is being happy. Qualities such as being rich, looking good, being famous and driving a nice car do not rank as highly as previous generations – posing a marketing challenge to consumer packaged-goods companies, fashion brands and carmakers."
tudo indica que estas alterações que vieram para ficar, nomeadamente as alterações no estilo de vida. Não atender a estas alterações pode significar a diferença entre manter, perder ou ganhar a vantagem competitiva.

extensão de marca porque o "show must go on"

ninguém, mas mesmo ninguém, sabe tão bem como a industria da música norte americana alavancar e ampliar um sucesso! Gostos à parte, a forma como a indústria da música usa um dos eventos mais mediáticos para juntar o sucesso Gangnam Style com o mito MC Hammer é GENIAL, numa verdadeira acção de "extensão de marca" e assim conseguir fazer crescer o mercado de consumidores.

top of mind e "omeletes sem ovos"

uma vez propuseram a um amigo meu que fizesse "omeletes sem ovos". Ou seja, explicava-me: que sem orçamento de referência colocasse a marca X no TOM dos clientes "rapidamente" e apenas com recurso aos "social media" (leia-se Facebook).

não, não vou mostrar a todos como o meu amigo é um génio da publicidade e como conseguiu mesmo fazer "omeletes sem ovos" (ele bem gostava disso LOL) mas vou, com um exemplo simples, chegar à conclusão (óbvia) que se é para estar no TOM, só investindo em meios de publicidade de massa. O Facebook, apesar de à data ter 4 644 220 portugueses, não é (ainda) um meio de publicidade de massa, pelas características de acesso, de formato e de conteúdos.

vamos então ao exemplo; para isso atentem por favor  às datas dos rankings e à posição que a marca OLX ocupa em cada um deles:

Top das Marcas - a publicidade mais recordada (1)

O Top em Valores à data de 30 de Nov. de 2012
Continente – 7,8%
Meo – 7,0%
Zon – 3,9%
OLX – 3,8%
Optimus – 2,9%

O Top em Valores à data de 23 de Nov. de 2012
Meo – 7,8%
Continente – 6,6%
Zon – 3,9%
Vodafone – 2,4%
OLX – 2,3%

O Top em Valores à data de 16 de Nov. de 2012
Continente – 7,4%
Meo – 5,9%
Yorn – 2,1%
Optimus – 2,1%
Zon/Vodafone/OLX – 1,9%

continuando, ...

O Top em Valores à data de 19 de Out. de 2012
Continente – 6,3%
Meo – 4,1%
Pingo Doce – 3,4%
Zon – 2,9%
OLX/Site OLX – 2,9%

O Top em Valores à data de 12 de Out. de 2012
Meo – 6,8%
Continente – 5,3 %
Zon – 2,9%
Optimus – 2,6%
TMN – 2,4%

O Top em Valores à data de 4 de Out. de 2012 
Meo – 7,2%
Continente – 7,2 %
Zon – 3,6%
Optimus – 2,6%
Pingo Doce – 1,8%

O Top em Valores à data de 28 de Set. de 2012 
Meo – 9,1%
Continente – 7,7 %
Pingo Doce – 3,3%
Zon – 2,9%
TMN – 2,4%

conclusão (óbvia)

1. o TOM não se constrói da noite para o dia; a OLX começa investimento em TV em Jun para estar no TOM pela primeira vez só em Out (e sim, eu vi os rankings até Junho e a OLX não aparece);

2. a TV continua a ser o melhor meio para a construção de TOM (e o Facebook extremamente relevante para gerar envolvimento com a marca; já há imensa literatura que mostra isto); a OLX sempre esteve, insistentemente, em todos os social media, porque aliás, é uma empresa web e esse é o seu território por natureza, mas só o investimento em TV lhe permitiu conseguir o objectivo da recordação.

nota: a titulo de curiosidade, o Twitter fez o seu primeiro anuncio de TV em Jun deste ano (via), porquê?

para quem só vai lá com relatórios de entidades creditadas e o simples exercício hipotético-dedutivo não chega, por favor visitem o excelente estudo da Think Box com dados da PwC e da TNS: "Advertising payback – is TV advertising still effective?"

(1) dados do "Miradouro da Actualidade" organizado pelo "Imagens de Marca" numa parceria com a Marktest via.

porque é que um anúncio se torna viral - 2ª parte

na primeira parte deste post (ver aqui) deixei-vos com um excelente video da Harvard Business Review sobre o que torna um anúncio viral ou não. Parece-me interessante deixar-vos também com outra forma de materializar o mesmo. No capitulo "Basics of Social Media Content" do livro "Secrets of Social Media Marketing" Gillin explica-nos o que é para ele a fórmula de sucesso do marketing viral:

"keep it simple + make it personal + give people a reason to pass it on" 

1. "Keep it simple", ou seja, uma só mensagem. Esta é uma regra de ouro em qualquer suporte utilizado na publicidade. Diria que é a condição básica, sine qua non. Simples em todas as dimensões, na mensagem, mas também no tempo. Lembro que no video da HBR eram claros: "people get bored right away".

simples e eficaz :) este video da Nike (que não o reconheu oficialmente) conseguiu 34 milhões de "social views" (1) (2).

 

2. "Make it personal". A palavra chave aqui é relevância! se uma coisa me desperta o interesse e tem tudo a ver comigo e com a minha "tribo" (para usar o termo de Seth Godin), porque é que eu não o hei-de querer partilhar e que os outros vejam? relevante não para a marca!! relevante para quem vê. Mais uma vez, nas palavras de Seth Godin "what people really want is the ability to connect to each other, not to companies" (via). De onde julgam que vem o sucesso do Facebook?

se as pessoas querem a estar juntas, a campanha da Xbox junta a família! não tendo sido os pioneiros neste isnight (mas sim a Wii), este anuncio chegou aos quase 48 milhões de "social views" (2) (até Jul de 2012).



3. "Give people a reason to pass it on". Nem que seja porque é engraçado e faz rir (muito). Afinal os videos de gatinhos a fazer coisas engraçadas, a par de bébes a rirem-se, são normalmente os videos com maior numeros de visualizações. Nas palavras de um recente artigo da AdWeek, "You'll laugh, you'll cry. But most of all, you're likely to share" (via). Se olharem para as várias listas de videos mais partilhados de sempre vão ver que no top 20 raramente aparece o video de uma marca. Acontecimentos do quotidiano com piada e musica ganham a milhas qualquer um dos anuncios de marcas mais visto. E quando os anuncios de marcas atingem valores de visualizações gigantescos, é porque nos tocam.

um excelente exemplo? a campanha "Dove - Pela Beleza Real" com o vídeo "Evolution (Dove Soap)": Em Julho de 2012 já acumulava 36.6 "social views" (2)



para quem estiver interessado, a Unruly Media é a responsável pelo "Global Viral Video Chart". Têm índice global e por categorias muito bem actualizado. 

(1) fonte: The 10 Most Ripped-Off Viral Ads Of All Time, Business Insider.
(2) Digital video analytics and advertising firm Visible Measures combed the Internet to find which ads were ripped, copied, mashed-up, re-mixed, and parodied the most times in the history of the Internet. Visible Measures then ranked each of these ads according to number of views the copied and derivative videos received.

10 trends para 2013

com o aproximar do final do ano somos inundados por reports com tendências disto e tendências daquilo... de todos os que já me passaram pelas mãos, este é dos que me parece mais alinhado com o que acredito que há-de vir por aí. Pela JWT Intelligence ficam as 10 tendências que irão moldar a forma de pensar e o comportamento dos consumidores em 2013

deixo-vos com o sumário executivo do report



e com o "2-minute teaser video" onde encontram uma apresentação geral das 10 trends


(via)

princípios da comunicação

Watzlawick foi um dos notáveis da Teoria da Comunicação. Na sua principal obra "Pragmatics of human communication" (1) definiu cinco axiomas básicos ao funcionamento do processo de comunicação, sendo que, se um destes axiomas é "perturbado", toda a comunicação pode falhar

se a nossa área de trabalho é a comunicação, eu diria que seremos tanto melhores quanto melhor usarmos estes axiomas para conseguir uma comunicação eficaz. Este post é uma espécie de teaser para a leitura da obra, na minha opinião, obrigatória ;) 

axioma 1. Não se pode não comunicar. Numa interacção todo o comportamento tem valor de mensagem. Porque o comportamento não tem negação (não existe um anti-comportamento), não é possível não se comunicar. Pode-se comunicar a intenção de não comunicar não emitindo mensagem nenhuma, mas a ausência de comunicação, é, de todo, impossível (e uma mensagem em si prórpria)

axioma 2. Toda a comunicação processa-se a dois níveis, nível de conteúdo e nível de contexto/relação: isto significa que toda a comunicação inclui, para além do significado das palavras, mais informações - informações sobre o modo como quem comunica quer ser entendido e como ele vê a sua relação com o receptor da informação. O conteúdo está relacionado com "o que é dito", o contexto com a forma "como é dito". Negligenciar qualquer um destes níveis no planeamento da comunicação de uma mensagem pode ser desastroso

axioma 3. A natureza de uma relação depende da forma como ambos os parceiros pontuam as sequências de comunicação. A comunicação pode ser vista como uma sequência ininterrupta de trocas; a pontuação é responsável pordar estrutura e sentido à comunicação, assim como é perfeitamente arbitrária. O desacordo sobre a forma de pontuar uma sequência de factos está, muitas vezes, na origem das más interpretações, falta de compreensão da mensagem, etc

axioma 4. Os seres humanos comunicam de forma 01100100 01100101 00100000 01100110 01101111 01110010 01101101 01100001 00100000 01100100 01101001 01100111 01101001 01110100 01100001 01101100 00100000 01100101 00100000 01100001 01101110 01100001 01101100 11110011 01100111 01101001 01100011 01100001 [tradutor] O processo de comunicação não envolve apenas as palavras faladas (comunicação digital), mas também a componente não-verbal (comunicação analógica). A codificação digital refere-se à representação por um nome onde: há uma arbitrariedade na relação significado / significante; é utilizado um sistema simbólico convencional e com uma sintaxe complexa. A codificação analógica refere-se à representação pela semelhança, por exemplo, a zanga pode ser expressa por uma dureza no tom ou elevação do nível da voz, face vermelha, etc

axioma 5. Qualquer comunicação pode ser definida como sendo simétrica ou complementar. A comunicação simétrica define uma relação baseada na igualdade, os parceiros têm a mesma posição e fazem a mesma coisa (comportamento em espelho), por exemplo relação prof./prof. ou aluno/aluno. A comunicação complementar é baseada na diferença, os parceiros têm posições complementares (one up ou one down), por exemplo, relação prof./aluno ou médico/doente.

espero que tenha conseguido despertar o interesse para a leitura da obra... 

(1)  Paul Watzlawick; Janet Beavin Bavelas; Don D Jackson (1967). Pragmatics of human communication; a study of interactional patterns, pathologies, and paradoxes. New York, Norton 

the sinners & saints of social (retail version)

excelente apresentação da Tara Hunt. Faz um ponto da situação muito actual sobre a utilização dos "social media" por parte das empresas.
"The sad truth is that it’s nearing the end of 2012 and it’s still really difficult to find brands that are doing a good job of social. There are definitely more and more that are starting to understand that content isn’t just something that magically appears, but they are still falling short on the ‘doing stuff that puts the customer at the center’ bit. The moral of my presentation is, “It’s not about you” but I continue to observe and hear time and time again that brands are more focused on their own needs than they are the needs of the customer."