correctores ortográficos, ursos e caçadores! receita para o canal online?

este blog não tem dado atenção que as campanhas online merecem ;) confesso o meu gosto pessoal pelas acções de activação e de direct marketing. Mas esta acção online, que me foi dada a conhecer pela Joana Esparteiro (da Santa Fé Associates), vai direitinha para o topo do meu ranking de melhores acções online.
















a acção é da TIPP-EX e tem como objectivo promover, durante o período do regresso às aulas, o corrector ortográfico de fita. O vídeo interactivo desenvolvido permite-nos escolher se o caçador deve disparar, ou não, contra um urso que aparece junto à tenda. A partir daqui somos redireccionados para o canal "tippexperience" onde o caçador "sai" do vídeo e recorre ao corrector de fita colocado no display de  publicidade para apagar a palavra "dispara" e convidar quem vê o vídeo a escrever o que quer que ele (o caçador) faça com o urso!

sem mais, deixo-vos com o vídeo do case, e um comentário adicional no final do post à guisa de moral da história



tudo o que eu diga sobre as razões que fazem desta acção excelente, vai desviar a atenção de um facto ainda mais relevante, e que sai deste case: esta acção mostra que o produto nunca, mas nunca é uma limitação para a criatividade, para o alcance ou para o impacto de uma acção de comunicação! Se com um produto tão pouco sexy como um corrector ortográfico de fita se consegue esta acção... 

uma tecla de escape, que é um Land Rover!















todo o potencial aventureiro de um Land Rover tem, por norma, um dia de trabalho no qual passa horas em frente ao computador. A Land Rover decidiu surpreendê-los com a tecla “Escape Land Rover LR4”. Um pequeno objecto que sustitui a tecla de "escape" e que permite personalizar o teclado de uma maneira especial. Agora, quando estes potenciais aventureiros estão no trabalho e a rotina os faz subir paredes, a chave irá servir como um lembrete para escapar ao quotidiano. E, claro, considerar um teste drive do novo Land Rover LR4. Esta, "The Land Rover LR4 Escape Key", surge pelas mãos da Y&R, Dubai, UAE

será futebol? será da nike? será o Cristiano Ronaldo?

 













nãããããã, é que nem pensar ;) é mesmo a nova campanha da Rugby Football Union para o lançamento da Touch Tour 2013, com a selecção nacional de "Touch Rugby" do Reino Unido, The Untouchables! execução EXCELENTE. Soccer, embrulha esta!
The Rugby Football Union (RFU) has unveiled the O2 Touch tour, its biggest ever campaign to get England playing touch rugby, supported by UK touch rugby team, The Untouchables. The O2 Touch tour was officially launched at the Truman Brewery in East London, with an appearance from Strictly Come Dancing’s Flavia Cacace and England Rugby players Mike Brown, Brad Barritt and Alex Goode. Supporting the launch was a film was created by integrated agency, VCCP, which stars The Untouchables.(via)



nota: o "Touch Rugby"é em tudo equivalente ao Rugby mas com as regras "facilitadas" (permite passar a bola para a frente por exemplo) e sem tanto contacto físico. É uma forma interessante de divulgar a modalidade e de a tornar um desporto jogável em familia ou entre os amigos/as. Acho que a modalidade fica a ganhar (ver mais aqui).

como recuperar um posicionamento... ou não!

na passada segunda-feira, dia 25, a Volkswagen estreou no Brasil uma campanha para apresentar o "Novo Fusca 2013". E em vez dos cenários e situações estereotipadas que estamos habituados a encontrar na comunicação dos dias de hoje no sector automóvel, a Volkswagen optou por levar o novo Fusca de 2013 para os anos 70, época de ouro para este veiculo, altura em que o Fusca era o carro mais popular do Brasil.
 
a intenção da Volkswagen é recuperar o posicionamento do "Fusca" como património, como parte do imaginário da vida dos brasileiros; isto, sem deixar de apresentar e valorizar a modernidade do automóvel na sua versão actual (via)

a execução é genial, sem sombra de dúvida!















mas a mim fica-me uma dúvida importante, um facto que pode minar todo este esforço de reposicionamento: nos anos 70 o Fusca era um carro bom e extremamente "affordable"! trazer isso para 2013 não é linear, porque o carro continua bom (ainda melhor diria...), mas, como alguém dizia a determinada altura num dos comentários à campanha: "Parabéns por transformar um carro popular em um carro caro." E isto pode fazer toda a diferença, o carro tem uma estratégia de princing completamente discrepante com o posicionamento pretendido. Cuidado...

um caso extremo disto que acabo de dizer aconteceu com a compra do Mini da Austin pela BMW. O carro do povo passou a carro da aristocracia. Mas isso foi intencional, e a comunicação é coerente com esse objectivo: transformar um carro vulgar em aspiracional. Isso foi conseguido e é coerente! Parabéns. Completamente diferente do que a Volkswagen está a fazer... que vos parece?

deixo-vos com os dois filmes da campanha. A criatividade é da AlmapBBDO com produção da ParanoidBR



Wilkinson: Smooth Valentine's Day

depois de ter visto esta acção da Wilkinson tinha MESMO, mesmo de a partilhar :) vou (novamente) apelar a Euclides, porque a razão porque esta acção é boa é "self evident" :)

reinventem-se os meios | o leitor de preços que queria ser um meio de comunicação

no Brasil a British Airways deparou-se com o seguinte problema: o consumidor brasileiro acha que na British Airways só existem voos para o Reino Unido, por isso não a incluem na lista de transportadoras aéreas quando querem ir para outros destinos, nomeadamente de férias!

a agência AGE Isobar "sacou" uma ideia bastante criativa, e que rentabiliza um meio não tradicional de comunicação! o cenário é este: está numa livraria, vai comprar um guia de viagem para o pais de destino ou um livro relacionado com um determinado pais sobre o qual tem curiosidade (que não o reino unido); mas vê que não tem preço?! vai consultar o preço no leitor de código de barras e... para além do preço do livro, surge o valor de uma passagem aérea pela British Airways para o destino correspondendo ao assunto do seu livro! (fonte e imagens via)
















e com isto, o leitor de preços que também queria ser um meio de comunicação viu o seu sonho realizado :) deixo-vos com o vídeo do case da acção:

for fu$#s sake!

o post "marcas, meios e publicidadade" (ver aqui) abriu as portas aos "fake ads", que começam a ser um exercicío cada vez mais interessante para as marcas e as agências poderem ver onde poderiam estar... e não estão.  Os "fake ads" são também uma forma de sátira... e por isso às vezes ganham mais visibilidade que os "verdadeiros" anúncios das marcas (seja lá o que isso for). Desculpem-me as almas mais sensiveis, deixo-vos com o "fake ad" para os comprimidos Viagra. Podem encontrar mais aqui




Adidas pop up store

na sequência da série de posts dedicados às unidades móveis (ver aqui) pareceu-me bem trazer esta pop-up store da Adidas! acho que por ser "tranportável" também a podemos considerar uma unidade móvel.
It looks like it was the shoe box for a giant. The semi-opened lid suggests that someone tried on the shoes inside.  Created for the Primavera music festival in Barcelona, Spain, the adidas Originals Popup Shop was certainly a main attraction.
Incredibly detailed, the store has everything from the information of the shoe on the side of the 'shoe box' to a couple of laces peaking from the roof. A fun creation, the Adidas Originals Popup Shop is a sight to behold (via).
sempre que a comunicação, nem que seja o próprio ponto de venda, aparece como um prologamento natural da marca, e consegue um efeito surpresa (leia-se, tem ideia criativa), para mim está mais do aprovada :)

 


o SimCity da restauração organizada

A Subway criou uma competição online no estilo SimCity em que desafia os seus fãs a abrir e dinamizar o seu próprio restaurante virtual para assim encontrar os cinco melhores empreendedores entre eles (ver sítio da Internet da acção aqui). Os concorrentes devem gerir todos os aspectos do negócio incluindo a construção de campanhas de comunicação, dinamização das visitas à loja, formação dos colaboradores, optimização de processo e controle de custos (1).

o que é relevante nesta acção, para além da criatividade, e que mereça o post? na minha opinião, o facto de o objectivo directo desta acção não ser a venda de produto (leia-se sandes) mas sim a expansão do portefólio de unidades! eles "andem aí" a tentar captar potencias interessados para novas aberturas "around the world"! (isto vindo da marca que já tem o maior número de restaurantes do mundo...). É, provavelmente, das primeiras acções de comunicação com dimensão e investimento significativo dedicadas "exclusivamente" à captação de franquiados :)



















(1) via Food for thought, Havas Media

provavelmente a melhor entrevista de emprego (ou pelo menos, a que nos faz rir mais)

faço eu um post a falar de anúncios de emprego, de como são peças importantes na comunicação institucional, de como, de um modo geral, eram "maltrados" (ver post "anúncios de emprego dos bons, que dos maus ninguém quer " aqui)... e o amigo Manuel Padilha (CTO no Grupo @Work), no mesmo dia, dá-me a conhecer esta pérola da Heineken! dos anúncios de emprego às entrevistas de empregos em dois posts :)

tal como num bom anúncio, uma boa entrevista faz a diferença para apanhar o candidato ideal :)

uma piratada de todo o tamanho!

o hacking às contas de twitter estão a tornar-se famosas; agora foi a conta do twitter da Burguer King USA que foi pirateada. Os "artistas" (leia-se, hackers) alteraram o avatar e o nome da conta colocando o logotipo e nome da McDonalds!

curiosamente (ou não)... esta acção de hacking ao twitter da Burger King "rendeu" à marca, 30 mil "followers" nesse dia e mais de 450.000 tweets relacionados nos dias que se seguiram (via)! e esta, hein?


anúncios de emprego dos bons, que dos maus ninguém quer

os anúncios de emprego têm de cumprir uma tarefa particularmente complexa: têm de captar o interesse e cativar as pessoas com o perfil "ideal" para a função e, ao mesmo tempo, afastar, repelir mesmo, todas aquelas pessoas cujo perfil não cumpre os requisitos (parcial ou integralmente). Mas, curiosamente... são das peças de comunicação mais "maltratadinhas" e desvalorizadas de todas as peças institucionais que existem.

diria isto como "self evidence": maus anúncios de emprego (ie. mal feitos) chamam qualquer um, bons anúncios de emprego (ie. bem feitos) só chamam aquelas pessoas que se quer.

um exemplo "curioso" (ou desesperado...) de um anúncio que tenta ir mais além é quando saber alemão é (tão) mandatório para a função que por isso o anúncio está escrito em alemão, apesar de estar num jornal português.

outros anúncios são mais audazes e criativos; existem múltiplos bons exemplos, trouxe para aqui este anúncio, que procura tatuadores, porque de forma criativa para formalizar a candidatura cruza o meio impresso com o meio móvel e ainda apela a algumas das competências técnicas de um tatuador.

"boa tentativa, mas aquela marca está em promoção"

a lealdade dos consumidores à marca é, demasiadas vezes, sobrestimada (aconselho a leitura do artigo "Customer Loyalty Isn't Enough. Grow Your Share of Wallet" da HBR, aqui)! outras vezes confundida com aquilo que é apenas um hábito do consumidor (ver post "hábitos... não se pode viver com eles, não se pode viver sem eles " aqui) 

e se é verdade que os descontos não constroem marca (ver post "descontos não constroem marca" aqui), também é verdade que temos vindo a, intencionalmente ou não, treinar os consumidores a comprar as marcas em promoção, o que é agravado pelo facto de em muitas categorias existir muito pouca diferença entre os produtos concorrentes (tornando ainda mais fácil a substituição entre marcas). Nestes casos, a promoção é, sem sombra de dúvida, um dois principais factores que influenciam a mudança na intenção de compra! o melhor trabalho de investigação que encontrei e que estuda precisamente como a promoção influencia a tomada de decisão na intenção de compra é o artigo do Journal of Marketing Science "How promotions work", que já aconselhei anteriormente, e que reforço aqui!

a alternativa à prisão da promoção ou à guerra de preços? quando é possível, só pode ser via diferenciação (claro...)! um exemplo: "A resposta da Nespresso às marcas brancas" (ver aqui)

melhor campanha impressa de sempre?

a questão surgiu no meio de uma conversa normalíssima à volta de publicidade: qual a melhor campanha impressa? já aqui falei na campanha "Imagine" da lego (ver post "Imagine" aqui); agora deixo-vos com a campanha "Core Values" da Louis Vuitton. Entre as duas, não consigo decidir.

porque é que a da Lego é tão boa já falei no post que lhe dediquei, agora esta da LV? sob o lema da responsabilidade social, e numa só campanha, conseguir a associação a tão poderosas personalidades de tão diferentes áreas, com tão diferentes projectos de vida, mas onde todas elas são um verdadeiro exemplo de self-fulfillment (o santo graal num projecto de vida) é, como dizia o anúncio da Visa, "priceless".

sendo uma marca de nicho, cada um dos intervenientes chega a um target ainda mais específico dentro desse nicho, sem ficar a faltar ninguém! não me acredito que não haja ninguém com dinheiro para comprar LV que não se identifique, reveja ou se reconheça (integralmente ou em parte) numa destas pessoas, também elas marcas. E para quem não tem (ainda) dinheiro, estas imagens estão  impregnadas de aspiracional? pff... está lá tudo?!

por isso esta campanha é tão boa! é inteligente (pelas razões acima), é socialmente responsável (as vendas das malas anunciadas revertem integralmente para instituições em Africa), é emocional (vejam as legendas associadas a cada uma das imagens), é marca por todo lado! fica aqui a colecção completa de peças da campanha:












share your look #501

para celebrar os 140 anos de existência a marca, a Levis pede aos fãs que a ajudem a contar a história das 501 e que partilhem fotos vestindo este modelo num mural digital, mostrando a verdadeira paixão por estes jeans. Este mural torna-se, para mim, a prova de como uma marca pode existir mais de 100 anos sem perder relevância (ver aqui). Parabéns.


as marcas fazem-se de histórias. E a Levis melhor do que ninguém está a fazer a sua história. E não precisaram de "sacar" fotos de instagram's, facebook's, pinterest's, tumblr's ou whatever! tudo feito num sítio na internet da marca, pela marca e para a marca, onde as pessoas colocam as suas próprias imagens! está muito bem feito!! Gosto mesmo. E não terei dúvidas em colocar esta acção online nas melhores do ano, e ainda vamos em Fevereiro.

é um jogo de arcade? dá cerveja? é o Beercade















GENIAL: um jogo de arcade que premeia os vencedores com cerveja :) :) :)
Called the ‘Beercade’, the retro-style arcade game - created for brewer Big Boss Brewing Company - dispenses free beer to the winners of the game.  Beercade’s coin slot is replaced by a few drip trays, cup-holders and motion sensors - instead of quarters, users just have to place the cups at the cup-holders, below the machine’s beer taps, as credit. 
Players have to fight it out till the end, on the machine’s Flash-based two-player game ‘The Last Barfighter’ - the best player of three rounds wins, and beer would dispense automatically into his/her cup. (via)






























é o melhor de dois mundos, completamente em cima do posicionamento da marca, e certeiro no target que fica a salivar por mais (literalmente)

é claro que as competências motoras vão diminuindo à medida que se vai sendo vencedor :) deixo-vos o vídeo com o case da acção.

lamber selos nunca soube tão bem

a Bélgica é um pais reconhecido pelos seus chocolates! certo ;) a BPost, operadora postal Belga, para o lançamento de uma edição especial de selos para celebrar essa reputação criou recentemente uma colecção de selos que cheiram e sabem a chocolate :) parece-me muito bem! e assim sendo, a partir de hoje, lamber selos toma toda uma nova dimensão, e passa a saber espectacularmente bem :)

a inteligência e a criatividade andam de mãos dadas numa boa campanha!! diríamos à partida que selos e chocolates estão a milhas de terem qualquer relação enquanto produtos, mas o posicionamento ultrapassa o simples somatório de atributos ou a relação linear entre eles!! e é quando se consegue ultrapassar esta "limitação", de não entender o que é o posicionamento, ou de não conseguir comunicar benefícios em vez de atributos, que se fazem campanhas assim.

how's my blogging?

ultrapassadas as 6000 visualizações em pouco mais de três meses, impõe-se o estudo de mercado ;) e claro, sem esquecer o mais importante, que é o meu obrigado a todos pelo interesse!

vemo-nos daqui 9 meses


elas capa da Playboy e eles astronautas

e na sequência do post "todas podem ser capa da Playboy" (ver aqui) deixo-vos com a minha proposta para uma acção de direct marketing para a marca AXE tendo em conta a campanha AXE Apollo lançada recentemente




















(imagem via)

uma nova era no consumo de meios

desde televisores e smartphones até tablets, portáteis e consolas as pessoas estão a consumir conteúdo através de todo o tipo de dispositivos disponíveis "under the sun" (era importante manter a expressão em inglês para se perceber a infografia da Nielson em baixo)! E, mais importante ainda, a consumir conteúdo em diferentes dispositivos (quase) em simultâneo.

isto é um verdadeiro desafio para toda a cadeia de valor no marketing de uma marca, desde os gestores de marca às agências de publicidade, comunicação e meios, passando também pelos próprios meios. Hoje, a elaboração de um plano de meios tem que estar, obrigatoriamente, atenta a esta nova forma de consumo. E se para decidir como estar em TV é preciso ultrapassar um verdadeiro labirinto de números dada a cada vez maior dada a dispersão da audiência pelos canais cabo, agora é ainda essencial, coordenar o anúncio na TV com os display's online (e em qual dos milhares de sítios da internet ou optar pelos Google ads) e, já agora, uma presençazita obrigatória nos Facebook ad's.

o resumo da situação é mais ou menos este:  
alguém a ver tv (um entre os cento e oitenta canais disponíveis), com o portátil no colo, o tablet no jornal diário e o telemóvel no facebook... isto a multiplicar pelo número de elementos da família :) dificultem a vida aqui ao menino que ele gosta! LOL
para começar a ter uma ideia de como o consumo se distribui pelos suportes decidi partilhar aqui esta infografia da Nielson (sou um adepto incondicional de infografia) que resume os principais resultados do estudo U.S. Consumer Usage Report 2012 (ver press aqui). Os dados são da população americana, mas julgo que se usarmos os valores em percentagem e uma regra de "três simples" conseguimos ter uma ideia do que representará em Portugal. 


"todas podem ser capa da Playboy" ou "o que eu quero é praia"

a acção é antiguinhaaaaaa (1), é da Playboy e aparece pelas mãos da agência Grey (Argentina); é simples e funciona, o que mostra que material promocional ou de direct marketing não tem de ser nem aborrecido nem complicado.

isso... e porque, na verdade, o que me apetecia mesmo hoje, tipo agora, era estar na praia!!! e como isto é um blog sobre marcas, tinha que declinar em condições esta minha ambição para um post :)

por isso também é que não sei que titulo dar ao post: "todas podem ser capa da Playboy" ou "o que eu quero é praia"?




















(1) 2007, fonte aqui

um dedo por cada dia

para alavancar toda a expectativa à volta da estreia da segunda temporada de "The Walking Dead" no Canadá foi colocada uma instalação gigante no meio da Estação de Toronto. Esta instalação, que apareceu a 1 de Fevereiro, ia contando os dias que faltavam para o inicio da série: a cada dia que passava era decepado mais um dedo...

esta acção poderia ter "morrido" aqui... e era provável que tivesse acontecido não fosse o concurso em simultâneo que lançaram: se colocássemos uma fotografia nossa em frente da instalação no twitter com a hashtag #TWDFeb10 candidatávamo-nos a ganhar um dos dedos cortados.

faltam 5 dias












 
falta 1 dia













no dia do lançamento

publicidade, confiança e eficácia

os ultimos dados do "Nielson Global Trust in Advertising Survey" (ver press aqui e aqui, para a versão gratis do relatório, ver aqui) geraram um buzz que me parece excessivo; o buzz anda à volta da descoberta  do "word of mouth" como o "meio de publicidade" em que as pessoas depositam mais confiança versus todos os outros!

antes de mais, uma correcção: não é o "word of mouth", é a "recomendação"! segundo, "recomendations from people I know" é um meio de publicidade? below ou above já agora? ao colocarmos as "recomendações de outros" lado a lado com a tv, rádio ou banner online, não estaremos a misturar "alhos com bugalhos" como dizia a minha avó?

e, já agora, não foi sempre assim? em quem é que confiaram mais quando foi preciso comprar o computador: no vendedor do ponto de venda ou no cunhado informático? e a opinião do cunhado é um canal de publicidade? só se eu começar a negociar com a agência de meios comprar "opiniões de cunhados ao milheiro" :) o que a publicidade já tentou e continua a tentar é colocar pessoas "crediveis" ou de "referência" a darem a sua opinião sobre produtos e com isso valorizá-los.






















mas concordo que as redes sociais vieram dar uma dimensão diferente a tudo isto! e daí a segunda categoria "consumer opinions posted online" ser bastante relevante! alguns bons exemplos para mim são o sítio na Internet "Tripadvisor" e as "customer reviews" da Amazon, ou o "quem viu este livro também viu este". Recentemente, julgo que foi a Worten que desenvolveu uma acção do género "experimente em casa gratuitamente e recomende online o produto" para dinamizar esta forma de divulgação. 

eu posso alavancar "recomendações de pessoas que eu conheço" a favor da minha marca, só não acho que sejam publicidade como é um "banner online" e por isso não possam ser comparáveis, e ao forçar a comparação provavelmente estou a passar resultados confusos ou interpretações erradas às pessoas. 

o que me interessa enquanto gestor de marca é saber que anúncios de televisão funcionam melhor que outros, que conteúdos devem ter para conseguir esta ou aquela emoção no target, ou para uma dada mensagem para um determinado público se é melhor o meio online ou impresso... a mim interessam-me, antes de mais, estudos de eficácia.

antes era a bola nivea, agora é a nivea app

a Nivea já tem uma "longa" tradição de app's bem feitas ;) este ano lançou novamente uma app para o iPhone, mas que vai mudar para sempre o "levantar para ir para a praia" e... está a chover, ou simplesmente não está sol. Calma... ainda não conseguem ligação directa com S. Pedro e influenciar a meteorologia, mas podem "impedir-nos" de nos levantarmos para nada! Tendo esta app instalada, basta programa-la para nos acordar na hora que queremos como um alarme normal, mas ela só vai fazer o alarme tocar se estiver sol lá fora! e caso não esteja, podemos programar para não tocar sequer, ou só para nos acordar muito mais tarde (via)










a bola niveia ajudava as pessoas a encontrarem-se, esta app vai antes disso, só as levanta se valer a pena LOOOL para mim, isto é uma app relevante :) isto é uma app com ligação à marca, que se mexe no universo que a marca domina! excelente!

top 5% most viewed LinkedIn profiles for 2012

"If you can't advertise yourself, what hope do you have of advertising anything else?"  
(D. Ogilvy) 

recebi hoje no e-mail ;)

dá-te asas

este post é a minha "homage" ao marketing da Red Bull, pelo seu trabalho exímio! se eu fizesse uma short list das três marcas que melhor têm vindo a (consistentemente) trabalhar o marketing, comunicação e publicidade, a Red Bull estaria certamente nessa short list; como para os axiomas de Euclides, a minha afirmação "it's self evident" :) deixo-vos com o vídeo institucional de 2013 para mais.
Red Bull has a rich history of giving wings to creative and talented individuals in sports and culture, by enabling them to challenge limits and do what was once deemed impossible. Explore the inspiration behind some of our athletes as they continually push boundaries and enter uncharted territories.

"The only limit, is the one you set yourself."


já agora, aceitam-se sugestões para as outras duas?

"Super Bowl ads", qual o melhor?

de todos os anúncios do Super Bowl 2013, qual foi o melhor? fácil, esta imagem colocada no Twitter da Oreo quando a luz foi inadevertidamente abaixo durante o jogo ;)
























e para os que se perguntam, "mas como é possivel sacar uma coisa destas assim, em tempo real?" podem encontrar a resposta no artigo da Buzz Feed "How Oreo Got That Twitter Ad Up So Fast" (ver aqui); basicamente: com uma agência feita de pessoas muito criativas e uma marca com gestores com coragem para aprovar a peça em segundos.

Tom Ford veste Timberlake: product placement ou co-branding?













"Justin Timberlake regressa à música e desta vez conta com uma colaboração de luxo. O designer Tom Ford colaborou com o cantor/ator na criação dos looks para o seu novo álbum, “The 20/20 Experience”, a ser lançado no final deste ano.
Tom Ford também vestiu o artista para a capa e videoclip do primeiro single do álbum, intitulado "Suit & Tie". Timberlake surge com um elegante smoking preto com lapelas de cetim, uma camisa branca em pique e uma gravata borboleta oversize, entre outras criações de Tom Ford." (via Moda Lisboa, aqui)
       
este vídeo é um dois em um, um vídeo clip do Timberlake e um anúncio para a Tom Ford; vídeo que vai ser repetido milhares de vezes na Internet, visto centenas de vezes nas televisões.

a ter que dar um nome a esta acção pelo lado da Tom Ford, diriam "co-branding" ou "product placement"?

top of mind e omeletes sem ovos - parte 3

é na continuação dos posts "top of mind e omeletes sem ovos" parte 1 e parte 2, mas agora, o leitmotif, é mesmo puro divertimento meu :)

OLX onde estás tu?

a Porsche e o ditado popular - para a frente é que é o caminho

he he he, para a frente é que é mesmo o caminho

o segredo esta na massa! no molho! não está no benefício!

o amigo João Moreira Pinto colocou no seu (excelente!!!) blog "E os filhos dos outros" o post "Google like a daddy ". No post encontramos o vídeo do anúncio à Google Search App, e o mesmo post termina com o seguinte comentário (e insight brilhante): "E vejam, no vídeo, quão importante é para um pai.".



eu à procura que nem um louco (e não estou a ser metafórico) de um excelente exemplo para explicar a diferença entre "atributos do produto" e o "benefício do produto", e o João, que é cirurgião e não marketeer, antecipa-se de uma forma exímia ;) a ver se me redimo agora na explicação. Não vou re-inventar a roda, e vou citar, porque se já está tão bem explicado pelos outros, prefiro citar:

o que é um atributo:
"A product feature is an actual, physical property or function of the product. It is something about the product or inherent in the design that is beneficial, but is not, in and of itself, the benefit. I know this may sound confusing so let’s look at some examples: A feature of a product might be something like the fabric that it is made from. For example, your children’s clothing line might be made from durable denim or other fabric; or perhaps a sun-protectant SPF fabric. That is the actual material that it is made from – the feature of the product, the characteristic material that makes the product durable, protectant or otherwise good in some way; a cut above the rest so to speak. Think of product features as product characteristics or specifications. A feature is something you can find listed in a description, plan or design." (1)
o que é um benefício:
"A product’s benefit results from the feature. It is what is ‘in it’ for the customer. In fact, the product benefit answers that most crucial of questions consumers have – “What’s In It For Me?” In other words, that durability lends a benefit to the consumer in that the clothing will last longer, therefore they will need to replace the clothing less often and will save money and time in the long run. The benefit of the SPF factor  is that it will prevent children from getting sun burnt or reduce the risk of skin cancer later in life. Think of a benefit as why a product is good. A benefit is something you would list in sales or marketing material, the reason why your customer should buy, not what they are buying." (1)
o que é que o cliente quer:
"Customers will sometimes look to see what the features of a product are for the sake of comparison, but by and large they care about one thing – that “What’s In It For Me?” Customers are most interested in the benefits because that is what is helpful and of most importance to them. It is important to offer key features in a product description where it can be accessed, but it is most important to let customers know how that feature helps them. Don’t rely on customers to understand features alone. Tell them the benefit of what buying your product or service will bring. Explain to them why your product or service is superior and beneficial, and give them the benefits – the reasons that they need to buy your product and features." (1)
para pegar no tema do titulo que encontrei para este post, e se se lembram do anúncio, nunca foi na verdade sobre a massa ou sobre o molho (atributo), foi sempre sobre o sabor verdadeiro de uma pizza Italiana (benefício). 

e voltando ao vídeo, o atributo aqui é ser um "motor de pesquisa", o benefício? "deixar o filho orgulhoso do pai inteligente que tem" :) fica claro que, no fim, é o benefício que se deve comunicar e não o atributo, porque se comunicar só o atributo a ligação pode não ser directa na cabeça do consumidor! e porquê ir à volta, se posso ir directo. 

(1) Understanding The Difference Between Features And Benefits

marcas, meios e publicidadade

já aqui falei sobre a diminuição do investimento das marcas em publicidade e dos potenciais riscos e impactos para as próprias marcas dessa estratégia (posts "publicidade à beira do abismo" parte 1, e parte 2)

também já falei sobre algumas das estratégias que os meios encontram para mostrar a sua relevância, ver por exemplo o post "jornais tentam provar aos anunciantes que ainda funcionam" (ver aqui).

a agência de publicidade portuguesa Nylon, porque a diminuição do investimento também impacta (e muito) nas agências, desenvolveu este "fake ad" para a JCDecaux para criar buzz à volta da própria agência (recém-criada) e ao mesmo tempo procurar mostrar a força de uma peça criativa para chamar a atenção, porque garanto-vos que seria impossível passar por isto e não ver :)




















chega a uma altura em que, para ganhar os seus clientes, as próprias agências vão ter de intensificar a publicidade ao seu próprio trabalho; sugiro verem o post "the legendary flavour of creativity" (aqui) um excelente trabalho da BAR para promoção da agência.

problemática do marketing nas pequenas empresas

o blog as Marcas que ficam tem sorte! Tem sorte porque tem amigos capazes de coisas surpreendentes. Este post é de um desses amigos, o António Jorge, do Instituto Superior de Gestão [link], e fala sobre a problemática do marketing nas pequenas empresas.












"Desenvolver a actividade de marketing numa pequena empresa tem uma dificuldade acrescida inerente à especificidade da própria empresa; isto é, o de ser pequena e de ter menos recursos.

Muita da actividade de marketing tem um carácter estratégico e portanto com reflexos positivos na conta de exploração, apenas no longo prazo; por outro lado algumas dessas actividades, como por exemplo os estudos de mercado e a informação táctica do mercado, são muitíssimos caros para uma pequena empresa, aliás impossíveis de comprar, porque o custo destes por unidade vendida é muitíssimo alto, o que não se passa numa empresa de grande volume.

O cenário descrito parece mais uma acha para a fogueira da crise, mas não é, trata-se apenas da constatação de uma realidade incontornável da qual devemos ter consciência, para de seguida buscarmos soluções que a possam contornar.

É nesse registo que, analisando melhor as pequenas empresas, se percebe que, na maior parte dos casos o seu sucesso e sobrevivência está dependente da intuição e experiência do seu líder e quadros.

Assim pode-se, numa determinada fase, substituir os estudos de mercado pelo conhecimento existente na empresa; completando-o / validando-o com um desk research sobre informação aberta e, não deixar de incorporar conhecimento de consultoria pontual ou regular para ir executando actividades de marketing indispensáveis, como o design de embalagem, o apoio às vendas e as definições estratégicas; uma vez que são actividades que, inevitavelmente, tem de acontecer. Um tijolo hoje, outro amanhã e daqui a uns tempos teremos uma casa.

Não é tradição no nosso País, uma atitude de cooperação relativamente a certas acções da actividade económica; como forma de viabilizar projectos repartindo custos dentro de um mesmo sector. Quando falamos de mercados externos; esta solução impõe-se (principalmente se os mesmo forem mais desenvolvidos), e já há bons exemplos do sucesso que esta atitude de cooperação, pode dar; lembro-me dos vinhos com a Viniportugal.

Em conclusão, não existem razões para não se desenvolver o marketing nas pequenas empresas; o que deve é ser considerada a sua especificidade e termos de necessidades, disponibilidade de recursos e, cada vez mais, buscando uma solução de cooperação sectorial."

is it a bra? is it a calendar? no... it's a bra-lendar

os calendários (e os posters) são definitivamente as peças mais icónicas que há no que diz respeito à divulgação de revistas masculinas (ie, revistas com miúdas e artigos interessantes e mais miúdas ainda... há e com miúdas) assim como de outros artigos junto do target masculino, do tipo macho que é macho mesmo :)

e se para além de alegrarem o dia, ainda puderem ensinar coisas!! tipo coisas mesmo, mesmo, mesmo úteis!! então é PERFEITO.

a FHM deu um passo certeiro! (vou ter de dizer em inglês se não lá se vai a piada): is it a bra? is it a calendar? no... it's a bra-lendar
The gadget, which was handed out to choice readers, is fashioned like a bra back, featuring three vertically-positioned eye hooks. The formerly clueless gentleman can then adjust the hooks to record the day, date and month on a daily basis and in doing so, learn how to more suavely manage feminine undergarments. (via)














ora vamos lá treinar:

> primeiro, o dia da semana









> depois, o dia do mês









> e por último, o mês
 








não resisto a propor à FHM duas novas declinações desta peça:
 > um calendário para níveis mais avançados, com o tempo cronometrado que demora a conseguir mudar o dia; na peça actual falta o carácter de urgência! porque a grande maior parte das vezes é uma coisa que se faz com pressa, com muita pressa mesmo :)
> um calendário que tivesse de ser actualizado da mesma forma mas... sem se ver! ou com uma venda, ou tipo de o calendário virado ao contrário!! quantas vezes uma pessoa não está a ver o que está a fazer e tem de o fazer com destreza ;)
mais ideias para declinações / inovações?