sol e relatórios de contas

os relatórios de contas anuais, apesar de algumas excepções, tendem a ser documentos, ou completamente desinteressantes, ou demasiado exagerados porque tentam comunicar mais do que o que devem, quando tentam construir marca a partir do nada.

a empresa Austria Solar, do sector das energias renováveis, criou uma forma diferente de apresentar o seu relatório e, simultaneamente, mostrar o seu compromisso com a energia solar. Um relatório cujo conteúdo só se revela quado as páginas são expostas aos raios de sol.

e é por estas e por outras que não me resigno quando me dizem que o suporte isto, ou que o suporte aquilo e que por isso é melhor ficarmos por ali... 

customer service & promotions | LOOOOL

depois do post "customer service - the skull of regret " (aqui) este cartoon é a cereja no topo do bolo ;)

press red button to add drama

para mim, a melhor acção de activação de sempre! não acreditam? vejam bem o vídeo. Só tenho uma palavra: extraordinário! e se me perguntam, é para isto que servem os orçamentos, é para isto que serve o dinheiro!
To launch TNT - a quality series and movies TV channel - in the Netherlands, we made a sequel to the viral hit video "A Dramatic Surprise on a Quiet Square". On a cold winter's day, we placed the famous red button somewhere in a Dutch shopping street. (via)
mas não chega o dinheiro! uma das coisas que aprendi, ainda na sala de aula (obrigado Luis Filipe Reis), foi que é preciso coragem! coragem para aprovar campanhas destas. Vale a coragem, o querer marcar uma posição, o passar uma atitute!! isto é a liga dos grandes meus srs.

marketing político | prelude

ao ler o post  "We, the People!" da Virginia Coutinho do blog PiaR, lembrei-me desta história que quis partilhar; numa conferência para a qual fui convidado para falar de marketing político, uma das pessoas da audiência colocou-me a seguinte questão:

"não se sente mal por colocar os seus conhecimentos de marketing ao serviço de politicos? não sente que está a enganar as pessoas, com publicidade enganosa?" 

ao que eu respondi, que:

"antes de mais, nunca até hoje coloquei os meus conhecimentos de marketing num produto ou serviço em que não acreditasse! e depois, a sua pergunta parte de um pressuposto errado, porque há bons e maus políticos, como há bons e maus produtos de limpeza! e eu nunca trabalhei nem trabalharei para um produto de limpeza que suje mais do que aquilo que limpe"

não é suposto isto ter, necessáriamente, moral da história ;) mas no meio de tanto espetáculo circense em que transformam a política, por se focarem no detalhe e no completamente acessório, às vezes perde-se o essencial, que existe mesmo quem faça a diferença. E para esses é fácil trabalhar, porque o produto é bom :)

unlimited mau gosto

ia eu a caminho da Mealhada, para, confesso, me deliciar com a iguaria típica e que me apazigua sempre a alma, ainda mais quando regado com muuuuuuuuuito espumante, quando... na curva que me levará ao aguardado manjar...  me deparo com isto!!?















o horror que esta peça me causa só não é ultrapassado por uma crise de vómitos porque é mesmo só um outdoor... visitei o sítio da Internet da Rota da Bairrada (aqui) e esta imagem felizmente aparece disfarçada no meio de um sítio na Internet graficamente bem construido, com um interface interessante e user friendly, um sítio que reforça o posicionamento que se quer para esta região e que os turistas procuram: tradição, saber e paladares que só uma região de verdadeiros artesãos pode ter. Ainda bem que o outdoor não ditou a linha gráfica da campanha... reparem na diferença para o site (a assinatura "unlimited colours of bairrada" continua lá, mas muito pequena... felizmente!)














e eu questiono-me, para um posicionamento cujas palavras chave eu diria serem "tradição", "artesão", "saber acolher" e "autêntica" que raio de assinatura é esta? e que raio de execução tão má é esta?

eu percebo o que quiseram fazer, aliás estou mesmo a ver o briefing (ou a espécie de briefing): "queremos algo fun, que mostre uma Bairada rejuvenescida, que apele aos mais jovens, queremos o "tradicional mas moderno" - primeiro erro!! o que as pessoas procuram na bairrada é a tradição, o antigo, a história e autenticidade! e a Bairrada tem isso. O que não tem é essa espécie de coisa inventada que é tradição moderna.

e depois a execução... segundo erro!! o trocadilho com a marca de roupa a que propósito! ahhhh, já agora, a roupa chama-se United Colors of Benetton!! onde foram buscar o unlimited? e o colours está escrito em inglês do UK porquê? ao menos mantinham o orignial, em inglês do USA. O que é que querem que eu retire desta assinatura? que a Bairrada é radical? e onde fica o autêntico? o que a Bairrada tem realmente de unico, que a diferencia das outras regiões e que leva as pessoas lá?!

já chega, não me vou aborrecer mais com esta coisa spooky, que infelizmente acontece vezes de mais em Portugal.

tendência: (des)liga-te

era de esperar que surgisse alguma coisa dedicada a equilibrar este resultado paradoxal da internet móvel e das redes sociais: estamos todos ligados mas, na verdade, nunca estivemos tão separados. Qualquer um de nós já esteve nesta situação: sentados a uma mesa, a jantar, a tomar um café, e todos agarrados ao telefone... nem uma palavra! situação ainda mais awkward, todos a fazer like e a comentar uma fotografia que acabaram de tirar juntos. A capa da revista The New Yorker de Julho de 2012 não poderia ser mais clara:




















a sociedade civil já o percebeu e deu um passo interessante, com a criação de vários movimentos, do qual salientava o "Disconnect revolution" (aqui) que criou um video que se tornou, com mais ou menos impacto, num passo importante para dar visibilidade a este paradoxo.



as marcas também não andam propriamente distraidas, nomeadamente aquelas que podem ser  directamente afectadas por este movimento de "disconnect and enjoy", ou seja, as empresas de telecomunicações.

e por isso mesmo, já em 2010, a DTAC Tailândia lançou a campanha "Disconnect to Connect", cujo video é em tudo semelhante ao anterior, quer nos objectivos, quer no conteúdo. 



eis que este natal, a Vodafone surge com este anúncio na televisão, cujo mote da acção, como "postado" pelo gestor do canal da Vodafone PT no Youtube, é "há dias em que a melhor forma de nos ligarmos... é desligarmos"



claro que o grande desafio que as empresas de telecomunicação vão ter de enfrentar é como gerir as opiniões contraditórias que vão surgir, uns a achar que isto é responsabilidade social, outros que é publicidade contra eles prórprios! e nem de propósito vejam os dois comentários a este vídeo da vodafone










outras marcas começam também a dar dimensão ao fenómeno! a revista "Go Outside", lançou este mêm uma campanha com o mesmo mote, uma campanha impressa chamada "Jailhouses" ;) deixo-vos com as imagens



























existem de certeza mais campanhas à volta deste tema e a dar dimensão, a materializar esta tendência de "desligar para ligar". Se conhecerem outras campanhas ou acções que sejam exemplos deste movimetno por favor partilhem aqui! vai ajudar a perceber a evolução do fenómeno.

personal branding | uma presença online
eficaz - parte 2

este é o terceiro post de uma série de posts dedicados à construção da marca pessoal, mas o segundo dedicado à blogosfera. No primeiro post (personal branding | aviso à navegação", ver aqui) tentei que ficasse claro que a razão pela qual se investe na gestão de uma marca, pessoal ou não, não somos nós, são os outros; o segundo post dava início ao tema da gestão de uma presença online eficaz, nomeadamente através da blogosfera (post "personal branding | uma presença online eficaz", ver aqui).

este post retoma o anterior, que ficou em aberto, a bem da paciência do leitor ;) Tal como referi, uma presença online eficaz (de uma pessoa ou de uma marca) assenta em 2 grandes conceitos, interdependentes entre si: a notoriedade e o envolvimento.  Depois do tema da notoriedade, agora o envolvimento.















o envolvimento é um processo, não é um resultado (he he he, fica sempre bem dizer isto); é um processo porque nunca está verdadeiramente conseguido, é uma coisa "on the go" ou "keep calm and carry on" e que se tem de ganhar em cada post. Para o que nos interessa aqui, trata-se de uma estratégia que tem como objectivo convidar e encorajar as pessoas a participarem no desenrolar de um tema. Em vez de olhar para os leitores como alguém passivo (como no caso de um livro), aqui o leitor é alguém que se quer activamente envolvido, até ao ponto da produção e co-criação de conteúdos, desenvolvendo assim uma interelação com os temas, com o blog e com quem o escreve. 

por sua vez, o envolvimento para cumprir esse objectivo, conseguir interacção, precisa de: conteúdo e promoção. O primerio está associado com a criação de conteúdo original ("content criation") ou com o agregar de informação já existente sobre determinado tema e apresenta-lo de uma forma sistematizada, por exemplo, para marcar uma posição ("content curation").  A promoção, não no sentido de descontos ;)  mas sim no sentido de dar a conhecer, de promover e divulgar aquilo que se produz.

envolvimento e divulgação não podem viver sem o outro. Se só criarmos conteúdo teremos que confiar no processo de indexação do google, que alguém pesquise determinado tema, e que, com sorte chegue ao nosso blog; já falei antes sobre isto, aliás em 2005 era assim ;) como isso são muitos "se's" precisamos de dar a conhecer de forma activa o conteúdo que criamos ou re-organizamos para que possa ser descoberto; idealmente não de forma intrusiva, mas sim através do estar presente, por exemplo, presente em forúns, em outros blogs, em "likes" e "shares", de aparecer recomendado, porque alguém leu o que escrevemos ou viu as fotografias que "postamos", gostou e sugeriu aos outros (fonte)

5 dicas para aumentar o grau de envolvimento

1. conteúdo, conteúdo, conteúdo

como a imagem em baixo tão bem mostra, sem conteúdo, não temos nada. Os formatos em que apresentamos o conteúdo é relativamente irrelevante, desde que respeite alguns principios que falei antes; pode ser em texto, imagens, videos, you name it.















aqui o que importa é ter uma estratégia para a criação e publicação desse conteúdo, no sentido em que devemos planear tanto quanto possivel o que vamos "postar" a seguir. Isto é, intencionalizar o conteúdo do post a seguir. Por exemplo, tenho normalmente dois a tres posts em versão draft, que publico (ou não) consoante a reacção ao post anterior, ao que se falou mais naquela semana, etc. Na semana em que a resposta no facebook da sumol se tornou tema, não publiquei o post que tinha preparado mas sim um post sobre isso (ver aqui), porque isso ia gerar tráfego (o que aconteceu) e porque mantém o blog actualizado! um blog de gestão de marcas como o meu, o pior que lhe pode acontecer é estar desactualizado.
 
2. não é um monólogo, é um diálogo

como já disse em cima, escrever um livro é mais uma "espécie" de monólogo, porque não há forma de quem escreve interagir com o leitor à medida que este o lê, ou melhor até pode interagir (o livro "se numa noite de inverno um viajante" do Italo Calvino é um bom exemplo), mas não reagir, no sentido de gerar conteúdo adicional em resposta à "provocação" do leitor. Por isso, a dica aqui é interagir com quem lê, com outros bloggers, responder e criar novo conteúdo com base nessa interacção. Partcipar nos blogs dos outros, comentar, falar... isto é mais dificil para as marcas (facebook é a unica forma), mais é muito fácil para os bloggers.

3. posts convidados

convide outros a participar no blog! há inúmeras formas, no formato simples de um post escrito, mas o maior sucesso são as entrevistas. Convidar outros bloggers, pessoas influentes e de elevada visibilidade, etc. Esse tipo de conteúdo pode ser mais dificil mas credibiliza imenso o nosso blog e quem deu a entrevista vai certamente recomendar a sua leitura ;) é uma situação que toda a gente ganha. No meu blog tenho, para já, duas entrevitas exclusivas, a dois dos principais responsáveis por alguns dos maiores eventos para profissionais de marketing em portugal.

4. ouvir quem lê o nosso blog... e responder, claro!

não deixar comentários por responder! quem se deu ao trabalho de comentar o nosso blog, tem de, por si só, merecer uma resposta, nem se que seja um obrigado! como é muito provavel que essa pessoa também tenha um blog, visite e retribua a participação! é sobre dar e receber ;) LOOOL esta punchline fica super bem aqui :)

5. partilhar,  subescrever e "link building"

este ponto na verdade é uma especialização do anterior. Conseguir quem partilhe o nosso blog, que o dê a conhecer, seja porque é interessante seja porque é nosso amigo (ou ambos claro); outra forma de partilhar é ter o link do nosso blog na lista de blogs favoritos ou de "leituras recomendadas" de outros bloggers! isso é um sinal de credibilidade! eu só coloco no meu blog aquilo em que confio e dou a cara.  Por último, existe muita gente que não tem a possibilidade ou não gosta de estar sempre a ver os blogs para saberem se apareceu algum coisa de novo! criem a opção de "subscrição". As pessoas deixam o e-mail e de cada vez que publicamos um post as pessoas vão recebe no e-mail o post. Este ultimo diminui a probabilidade de a pessoa vir ao blog, porque o lê no e-mail, mas se construirmos o post de forma a "provocar" a pessoa ela vai querer deixar um comentário, se colocarmos um video ela vai querer ver esse video... etc.

agora espero pelos vossos comentários ;)

oh oh oh... ou será antes oi oi oi :)

sou um adepto incondicional das acções de activação! e neste blog vão aparecer aos magotes. Esta acção da "Oi", serviço de telecomunicações brasileiro, é excelente, porquê? o que é que a "Oi" vende? qual é o benefício da marca? eu diria que "pôr as pessoas em contacto"! com base neste insight a marca colocou o Pai Natal ao telefone com as crianças, num "orelhão" no centro da cidade! e para supresa das crianças, ganhavam mesmo um presente.

as acções de activação, como o nome indica, devem activar a marca, complementar, apresentar, prolongar o produto com um evento que gera awareness e envolvimento. Como diria o brasileiro, esta está "bem sacada" ;)

Indy 500 lança campanha com fotos do Instagram

para provar que as marcas podem e sabem fazer as coisas em condições e que não andam atrás das almas dos clientes, a Indy500 criou uma campanha que assenta nas novas regras de utilização do Instagram 

a acção é extremamente simples, os fãs que fizerem upload de fotos para o Instagram usando a hashtag #Indy500OrBust vão ver as suas fotos publicadas num microsite desenvolvido para o efeito (ver aqui); a Indianapolis Motor Speedway vai usar geotags para traçar e publicar num mapa interativo (nesse microsite) todas essas fotos. Para apelar à participação, quem fizer upload de imagens entra num concurso para ganhar uma viagem VIP para o 2014 Indianapolis 500!  

as palavaras de Jarrod Krisiloff, director de marketing da Indy 500, resumem bem o espírito da coisa: "When someone hashtags [an Instagram photo], we're not using them commercially, we're just showing them. People are making the choice," (via)

é claro que vai sempre haver espertinhos... ceo's, cmo's, gestores de marca... agências de comunicação e publicidade da treta, que se vão aproveitar da "facilidade"; mas isso, é do reino da sensibilidade e bom senso coisa que, infelizmente, não dá muitas cartas...

e tu, que marca tatuavas?

tatuar uma marca estará certamente entre os comportamentos de maior reconhecimento por parte do consumidor de uma marca; denota exclusividade, lealdade e o claro desejo de demonstrar um grau incomparável de devoção

eu imagino que a marca mais tatuada de sempre será, provavelmente, a Harley-Davidson! isto porque esta mota, mais do que um produto, se tornou o símbolo, um ícone de um estilo de vida. Falar em Harley-Davidson é carregar num botão que monta imediatamente na nossa mente uma narrativa à volta da liberdade, rebeldia, atitude, conquista e poder  

a notoriedade, envolvimento e lealdade a uma marca, mais do que pela herança ou quota de mercado, vem pela capacidade da mesma em entregar e comunicar um beneficio tangível (a "promessa" da marca) e em ser capaz de projectar uma verdade ("significado") que o público irá confiar, seguir e partilhar

desde que Al Ries e Jack Trout escreveram o livro "Positioning: the battle for your Mind" que ficou claro que o verdadeiro desafio de todas as marcas é conseguir construir na cabeça dos consumidores uma narrativa/um significado tão forte que as leve a usar a própria marca no seu dia a dia,  como símbolo, como representante, de um estilo de vida (como Harley e rebeldia), de uma emoção ou sentimento (como Volvo e "segurança") de uma forma de estar na vida (como Apple e "think different")

se eu tatuasse uma marca? confesso que ainda estou na dúvida; mas já agora, e vocês, que marca tatuariam?

conferência “Olympic Challenges for Business”

a Squadra - Consultoria e Formação em Marketing e Gestão apresenta a segunda edição do Squadra Marketing Sales & Forum, que decorrerá no auditório do ANF Business Center, no Porto, no próximo dia 22 de Fevereiro.

“Olympic Challenges for Business” é o tema do evento que terá como oradores Oscar Palomar, sócio fundador da AMINT, João Paulo Rocha, director de Marketing da Cerealis, João Maria Porto, director comercial da Optimus Negócios, Ricardo Peixe, speaker da Life Training, e Samuel Costa Marques, senior consultant da Squadra.

com a proximidade da realização do evento "as Marcas que ficam" deixa-vos com uma entrevista exclusiva ao Rafael Cerveira Pinto , Managing Partner da Squadra e responsável pela organização do evento.

"as Marcas que ficam":  quais são os grades objectivos deste fórum? a quem é que se destina? que respostas vamos poder encontar? 
Squadra: Este fórum destina-se a empresários, gestores e empreendedores que acreditam que o “motor” das suas organizações é o marketing & vendas. O grande objetivo deste Fórum é apresentar e partilhar boas práticas, novos conceitos e desafios para a gestão comercial (Estratégia, Marketing e Vendas), que sejam um contributo claro para a modernização das Empresas em Portugal e para o tão desejado crescimento económico. 
"as Marcas que ficam": porque é que estes foruns são importantes? achas que podem ter um papel dinamizador na economia? 
Squadra: São pontos de encontro e de reflexão sobre o futuro das marcas e dos negócios. Para os participantes, a presença neste “Fórum” permitirá o desenvolvimento ou atualização de competências, através das apresentações e do acesso aos melhores casos práticos de sucesso “made in Portugal”. Logo a aplicação destas aprendizagens poderá ter resultados positivos no futuro, a curto prazo. 
"as Marcas que ficam": o que fica por incluir neste programa? que temas achas mais relevantes para o sector e que gostarias de ver tembém aboradados 
Squadra: Em termos específicos, nesta edição vamos abordar market intelligence, branding, Sales Process e Leadership. Muitos outros temas poderiam ser incluídos, como por exemplo a internacionalização, mas como se trata de um fórum de “gestão comercial”, este anos pareceu-nos que estes seriam os mais apropriados.
podem encontar o programa completo aqui. Se conhecerem outros eventos interessantes, avisem, partilhem! tudo a bem do divulgar das boas práticas :)

"quando uma montra se parte, há sempre uma janela que se abre"

o provérbio lá diz que "quando uma porta se fecha, há sempre uma janela que se abre". A marca de roupa "Reserva" fez disso um lema para o futuro. Em Dezembro de 2012 viram uma das suas lojas assaltadas... Todas as imagens - desde a montra partida por onde entraram os fregueses, até ao esvaziamento da loja - foram gravadas pelas câmaras de segurança.












encarando a desgraça de frente, a empresa resolveu usar as imagens capturadas pelas câmaras de segurança para montar a campanha de lançamento dos novos saldos. Partilho da opinião de Eduardo Cabral, um dos colaboradores do excelente blog brasileiro "Comunicadores" (ver aqui)
"Em minha humilde opinião, um ótimo exemplo de como ser “criativamente econômico“, transformando algo extremamente negativo – no caso, me refiro ao assalto – e converter tudo isso em algo simples, simpático e agressivamente condizente com o posicionamento da marca. Uma lição de como tirar proveito de um incidente e ainda comunicar, de forma direta, uma mensagem que exige “certa” atenção: liquidação."



estou curioso de saber outras opiniões! o que é que acham desta forma de adaptação/comunicação que a marca fez? pontos forte e pontos fracos? 

fonte: Comunicadores

a GAP também tem um food truck

se acompanharmos a evolução dos posts sobre este tema - agir local | as unidades móveis - chegamos à mesma conclusão que levou a adweek a escrever o artigo "Sizzler Has a Food Truck. Sorry, Hipsters: How a hot local trend became a marketing vehicle for national chains" (ver aqui)

as unidades móveis que falei em posts anteriores - Illy Push Button House (aqui) e a Pizzeria Del Popolo (aqui) - têm o seu principal factor de diferenciação nas caracteristicas da unidade móvel, caracteristicas essas que permitem entregar a experiência completa de consumo do produto.

se a primeira está mais perto de uma lógica de "stand" de exposição, até porque nem é verdadeiramente móvel, mas sim transportável, diria que a segunda é um verdadeiro exemplar de food truck! com todas as suas caracteristicas de singularidade, trendiness, e um produto único! um verdadeiro food truck (como definido pela tendência) entrega um tipo de comida que o caracteriza a ele, e direferente de todos os outros.

por sua vez a Tesco, marca de retalho, criou o Tesco Bus que também já falei (aqui), uma unidade móvel que, com uma cozinha e restaurante integrado, permite oferecer refeições feitas com os produtos da marca Tesco a quem passa. A Burger King (aqui) colocou 30 carrinhas numa acção de sampling nacional, onde só o"Truck Spotting" salvou a acção da indiferença. 

outras marcas, como a Sizzler, Taco Bell, Jack in the Box, Applebee's, Red Robin... também já têm o seu food truck... ou melhor franchises com rodas... por favor! eu sempre fui a favor das unidades móveis, porque permitem levar a marca para junto das pessoas, nomeadamente em eventos, como por exemplo festivais de música! não para andarem na rua porque pronto... ou porque é moda fotos (via)

ahhhhhh!!! espantem-se as almas mais incrédulas, a "famosa" marca de roupa GAP também tem um food truck, uma carrinha vergonhosa e completamente desalinhada com o posicionamento da marca (via)... intragável! só tenho uma palavra: blaaaarghhhhhhhhhh!!!


















sem mais de momento, deixo a etiqueta "agir local | as unidades móveis" em crise! LOL

olha eu na Fnac...

há um consumidor em cada gestor de marca, e, normalmente, o primeiro ajuda o segundo (ou pelo menos devia, até certo ponto...); eu, enquanto consumidor, comparo frequentemente preços! e quem não o faz!?

mas ultimamente tenho-me deparado com uma comparação mais frequente do que outras: a comparação do preço dos livros na fnac, não com o preço dos livros na Bertrand como era habitual até há um ano, mas sim com o preço dos livros na Amazon! e... de todas as vezes que faço essa comparação, a Amazon ganha. Todas!! ganha pelo preço e ainda compro as edições originais.

e como este exemplo, outros; são inúmeras as histórias que começo a ouvir de pessoas que iam comprar numa loja, entretanto compararam os preços na Internet, e encontraram lá fora (espanha, itália, reino unido...) muito mais barato.

moral da história: a comparação de preços está definitivamente instalada, e já não é só local, é global!!

o Facebook graph search explicado











o Facebook graph search explicado pela Social@Ogilvy. Boa síntese, com uma parte dedicada às implicações para as marcas desta nova funcionalidade.

imaginando que já todos viram o vídeo do próprio facebook, em baixo a apresentação da Ogilvy (passo a publicidade à agência...)

acho este passo bem do Facebook bem dado, principalmente por aquela que é a main reason desta funcionalidade: manter as pessoas dentro do Facebook. Como potencial anunciante, à partida, e ainda sem mais dados, agradeço

personal branding | uma presença online eficaz

há pouco tempo, num artigo de uma investigadora de doutoramento em bio-arqueologia (woooooooow) num blog dedicado à comunidade de investigação científica dei conta da seguinte frase:
"people are going to google you: whether its to look for presenters for a conference, to check you out before a job interview, or to get to know you a little better before a date. Everyone is doing it." (via)
o artigo era dedicado a como gerir a visibilidade online daquela linha de investigação, para bem da divulgação da investigação em si (aumentar a visibilidade) e da gestão da prórpria carreira do investigador!

e isso também me lembrou da Pepa (claro....)! não por ela querer a mala Channel que acho muito bem que queira, mas porque tornou evidente que há "cuidados" a ter, coisas a cumprir, quando temos de gerir uma imagem, seja a nossa própria, seja a de uma marca ou de um produto. E, de forma mais ou menos profissional, a nossa presença online, até como bloggers, deve ser (bem) trabalhada.

já anteriormente falei aqui sobre a construção da marca pessoal e que aconselho a leitura prévia (ver post "personal branding | aviso à navegação", ver aqui); esse post fala provavelmente do aspecto mais importante nisto tudo: a gestão da marca pessoal sendo sobre nós, não é para nós! é para os outros. Por isso diria que, antes de mais, o sucesso desta gestão eficaz vai estar na nossa capacidade de avaliar o impacto que causamos nos outros e se esse impacto é ou não o que nós queríamos.

exemplo rápido: o blog da Pepa é um sucesso porque ela escreve de uma determinada forma e sobre determinadas coisas que interessam a muita gente, e fá-lo melhor que outros, e a prova disso é o sucesso que tem. Por isso as pessoas procuram o blog dela. Mas o que acontece quando a Pepa dá a opinião a pessoas que "não querem" ou que não partilham os mesmos interesses ou não têm o mesmo estilo de vida (nem têm aspiração a ter), e esse aspecto não é controlado? o resultado está à vista... 

 











uma presença online eficaz (de uma pessoa ou de uma marca) assenta em 2 grandes conceitos, interdependentes entre si: a notoriedade e o envolvimento (no inglês, porque nós do marketing gostamos muito, "awareness" e "engagement")

marretas + high tech = magia

já aqui falei de realidade aumentada com a apresentação de dois cases muito interessantes, um da Heinz outro da Audi ("reinventem-se os meios | realidade aumentada"). Ambos excelentes cases sobre as potencialidades da realidade aumentada para apresentar conteúdo adicional em cima do produto (um no linear no retalho o outro a partir do meio impresso).

a Band-Aid, pela mão da JWT New York, deu um passo à frente e disse, posso não ter conteúdo para dar, mas tenho imaginação e diversão para distribuir (leia-se, envolvimento), criando argumentos para gritar bem alto - "não são só pensos rápidos, são pensos rápidos com magia" :)
in a nutshell: an app that uses augmented reality to deliver short videos of Muppet characters that sing and dance when you hold your phone up to the bandage. (via)














o claim introidutório no vídeo diz tudo: "so we decide to make magic a standard feature"; a mim resta-me um adjectivo: G-E-N-I-A-L

The 6 Best Dresses At The Golden Globes

eu sou um adepto do show business, do espetáculo, da passadeira vermelha, do glamour, dos vestidos, da elegância, das mulheres lindas, das jóias, dos excessos, dos carros luxuosos, do imenso dinheiro que se coloca e se ganha nos globos de ouro e semelhantes... acho que já perceberam ;)

eu não sou um adepto da miséria, da fome, da ganância, da destruição, da escravatura, das crianças soldado, do tráfico de pessoas, de drogas ou contrabando, da exploração, dos maus tratos... acho que também já perceberam.

e, se a primeira pode ajudar para chamar a atenção para a segunda, então excelente (desde que não seja demagogia claro)!! Por isso, deixo-vos com esta acção genial da "The Onion": The 6 Best Dresses At The Golden Globes (1)















nota: acho a acção criativamente excelente, a execução podia ter sido um bocado melhor, nomeadamente na escolha de algumas imagens.

ver conjunto completo de imagens aqui

(1) "The Onion" onion é uma publicação online dedicada à irreverência e à sátira. Nas palavras dos próprios, "The Onion is a satirical weekly publication published 52 times a year on Thursdays" (via)

cumprir a promessa

cumprir a promessa (ie. benefício para o cliente) é um dos básicos do sucesso de uma marca! provar que cumprimos a promessa via comunicação nem sempre é fácil. Esta acção de direct marketing da DHL é genial, porque põem à prova a veracidade da sua promessa, numa acção de comunicação um para um: "why we ran an ad in a Chinese newspaper and sent it to Australia"

Lacoste | 80º aniversário do seu icónico Pólo

anúncio da Lacoste para comemorar o 80º aniversário do seu icónico Pólo. Antes de mais, uma marca de moda que celebra 80 anos de uma linha de produto, uffff... temos mesmo que lhes dar os parabéns!













gosto pessoalmente deste anúncio pela estética e é mais divertido e envolvente que a maior parte dos anúncios de moda; apresenta um conceito que, antes do lançamento do iPhone seria considerado, no mínimo, ridículo ;) personalizar o pólo com o simples gesto de "slide". Impressionante como a tecnologia introduzida pelo iPhone marca esta era de produtos e de interacção.

no inicio deste ano a marca de whiskey Ballantine já tinha introduzido um protótipo de t-shirt com um écran LED na frente (ver aqui). Também as marcas Macy and P. Diddys Sean John venderam uma sweater com écran em miniatura na manga (ver aqui).

um dó li tá, duma destas ninguém livre está

já vi muitas más respostas de marcas a comentários dos clientes no facebook, mas esta... como se costuma dizer, se não fosse tão mau até dava vontade para rir! e o pior é que o comentário da Sumol já vai com mais de 400 likes :)

um meio de comunicação de massas, é um meio que toda a gente vê

consumo e tempo dedicado aos diferentes meios em 2012, a TV mantém-se (obviamente) o canal principal














 fonte: MediaScope 2012 (estudo IAB Europe & ACEPI) | Bareme Internet 2012 (Marktest) | Universo 15+: 8.311.000 indivíduos

e que em 2012 não perde penetração (ainda cresce...)
Os dados da Marktest Audimetria/Kantar Media mostram que em 2012 cada português viu, em média, por dia, em sua casa, 4 horas e 40 minutos de televisão, mais 4 minutos do que no ano anterior.

brand Expedia make the most of luggage tags

acção da Expedia pela Ogilvy
"A new campaign for Expedia uses the IATA codes on luggage tags to make messages, with the idea created after Jon Morgan and Mike Watson at Ogilvy saw a tag with the word ‘FUK’ The pair explained: "We saw a woman walking through Heathrow with the word FUK hanging from her suitcase. Turned out she'd just flown in from Fukuoka in Japan. That got us thinking, 'maybe there are more'..." (via)"
gosto desta campanha porque tem tudo a ver com viagens e é mesmo muito criativa! estas etiquetas são, ao mesmo tempo, vulgares etiquetas (que às vezes até incomodam...) e um dos códigos visuais com maior associação a viagens de avião! a agência alavanca ao máximo esse poder de associação para criar mensagens muito positivas sobre férias; resultado excelente! fica o meu exemplo preferido:


ver campanha completa aqui.

descontos não constroem marca

o tema é vasto e para ocupar livros inteiros; para bem da blogesfera vale-nos a capacidade de síntese de alguns cartoons; mais palavras para quê :)


















para quem for mesmo interessado no tema aconselho a leitura do artigo do Journal of Marketing Science "How promotions work" (1), é excelente!

(1) Blattberg, R.C., Richard B., and Edward J. Fox (1995), "How Promotions. Work," Marketing Science, 14, 3, 122-132.

top of mind e omeletes sem ovos - parte 2

na continuação do post top of mind e omeletes sem ovos, e se dúvidas ouvesse sobre a manutenção dos ganhos adquiridos, deixo-vos com os dados das noticias mais recentes da marktest sobre "recordação de publicidade":

"OLX sobe ao top das mais recordadas: Os resultados do estudo Publivaga colocam a publicidade da OLX entre as quatro mais recordadas pelos lisboetas e portuenses em Outubro" (via)

as melhores e as piores extensões de marca de 2012













a ideia é da adweek e é excelente :) as marcas (infelizmente) não são portuguesas, mas grande parte são conhecidas! que marketeers foram capazes de levar as suas marcas para novas fronteiras, e que marketeers foram longe de mais?

aconselho todos(as) a participarem nesta votação, porque o exercício de ter de escolher as melhores e as piores nos obriga a mentalmente pensarmos no porquê, a ter de justificar, e com isso a questionarmos alguns dos nossos conhecimentos sobre o que é (ou não) uma extensão de marca bem feita

o site da adweek, pagina da votação aqui

aceitam-se sugestões para uma votação com as piores e melhores extensões de marca  portuguesas ;)

to soccer moms, with a lot of swag

acção da Fiat 'The Motherhood'; target? "soccer moms" é evidente, mas com muito, muito swag!! porque "cotas" é que não :) numero de visualizações à data de hoje: 2060579 (publicado dia 13/12/12)
Fiat tries out the white-people-rapping genre of humor, as a suburban mom gets gangsta about raising kids (and faking orgasms).(via)

hábitos... não se pode viver com eles, não se pode viver sem eles

a finalidade básica de um "hábito" (da tradução literal do inglês, "habit") é auxiliar-nos na quantidade de tarefas simples e repetidas que temos de fazer ao longo do(s) dia(s). Imaginem se tivessemos que pensar e controlar conscientemente todas as acções que temos de fazer durante o dia. Guiar o carro até ao escritório tranformar-se-ia numa tarefa tão esgotante que pouco mais conseguiriamos fazer no resto do dia :) não estarei a exagerar por muito se disser que cerca de 90% da nossa actividade diária é automática, um hábito atrás do outro. Em 1890, William James, escreveu (ver fonte aqui):
  
  • "The first result of it is that habit simplifies the movements required to achieve a given result, makes them more accurate and diminishes fatigue."
  • "The next result is that habit diminishes the conscious attention with which our acts are performed." 

os hábitos simplificam as nossas vidas, permitem-nos realizar várias tarefas ao mesmo tempo, permitem-nos diminuir a probabilidade de erro em tarefas "simples", ao não termos que estar sempre a pensar no que vem a seguir (pensem por exemplo em aprender a andar de bicicleta, que nunca se esquece), etc...

o que de relevante existe nos hábitos para a gestão de marcas? o que me fez escrever este post? na verdade, uma conversa com um colega de profissão sobre comportamento do consumidor, que sabendo que sou psicólogo de formação de base, me perguntou: "mas podemos mudar um comportamento de uma pessoa? leva-la a mudar uma coisa que sempre fez por outra? uma coisa que a pessoa se habituou a fazer e nunca mais pensou nisso? a escolher outra marca, sem ser aquela que habitualmente compra? ao que eu respondi prontamente que sim; podemos sempre mudar um comportamento, mas é diferente mudar um coportamento porque é um hábito ou porque é um comportamento intencional com beneficios "evidentes".

O difícil em mudar um comportamento habitual é ser um automatismo, e, consequentemente a pessoa não tar consciência das etapas que o compõem nem da necessidade de o mudar. Por outro lado, o fácil é, precisamente, por ser um automatismo :) ou seja, um processo psicológico extremamente simples, onde identificado a pista que lhe dá origem ou aquilo que reforça a manutenção, conseguimos mudar.

o livro do jornalista do NYT Charles Duhigg "The power of habit" ou, como eu lhe prefiro chamar, "hábitos para tótos"ajuda-nos a organizar o processo:


as pessoas habituam-se a comprar determinadas coisas, em função de outras, nem que seja porque a mãe delas já a comprava ou porque o pai já usava essa marca lá em casa. Assim, diria, que os hábitos interessam à gestão de marcas por duas razões:

  • porque podemos querer muda-los se for uma marca de um concorrente que o cliente compra, ou
  • porque podemos querer mante-los, se for a nossa marca a escolhida 

e com isto consigo chegar ao tema de um dos artigos mais interessantes que li em 2012! claramente obrigatório, do NYT e que resulta do livro citado em cima: How Companies Learn Your Secrets

será verdade que muito provavelmente "confundimos" fidelidade (que implica envolvimento, compromisso, intenção) com hábito (que é subconsciente, existe para simplificar); e mudar um hábito é incomparavelmente mais fácil que mudar um comportamento intencional, onde se existe um beneficio para o cliente e que aquela marca em particular atende melhor que outras. Neste ultimo caso, entra tudo aquilo que estamos já habituados a falar: "unique selling proposition", funil, ... etc.

para fechar o ramalhete :) fica uma entrevista com o autor do artigo e do livro que mencionei.


hábitos... não se pode viver com eles, não se pode viver sem eles :)

reinventem-se os meios | realidade aumentada

ja se ouvem as vozes mais exigentes, "pois, pois, um blog de gestão de marcas e publicidade e nem um postzito sobre realidade aumentada..."! ok, é verdade :) Para colmatar a falha, começo o ano de 2013 com dois cases que mostram parte das potencialidades da realidade aumentada na publicidade, neste caso no retalho (case 1) e no meio impresso (case 2).

não me vou perder em definições e explicações, mas a bem do conteúdo, fica pelo menos um excerto da entrda na Wikipedia para realidade aumentada: “a live, direct or indirect, view of a physical, real-world environment whose elements are augmented by computer generated sensory input such as sound, video, graphics or GPS data” (ver mais detalhes aqui). De resto, deixo os videos falarem por si.

case 1: Heinz Tomato Ketchup recipe book in augmented reality by blippar



case 2: Audi Q3 Augmented Reality adventures in Singapore