estantes de comentadores em "diretos online" viram prateleiras da LeYa

eu gosto de livros, e quantos mais, melhor. Nada como uma divisão inteira da casa com estantes cheias de livros, de cima até baixo, sem qualquer espaço livre. Tipo, "diz-me quantos livros tens, dir-te-ei quem és", ou qualquer coisa parecida

tenho por isso prestado atenção aos "diretos a partir de casa" de muitos comentadores ou outras "personalidades" à espera de ser surpreendido (e tantas vezes desiludido...)

e não sou o único, como diz Adam Boulton no blog Reaction: "I can’t stop peeking at the book shelves of the people I am interviewing on TV"

foi com base neste insight que a agência ACNE decidiu transformar as estantes habitualmente utilizadas como pano de fundo em prateleiras ao serviço da editora LeYa


 
“observando as estantes com atenção, rapidamente concluímos que muitos desses livros são publicados pela LeYa”, explica a agência criativa da Deloitte responsável pelo desenvolvimento da acção online "Os Livros dos Comentadores", que consiste numa série de stories no Instagram e Facebook da editora
 
através dessas stories, quando um comentador televisivo surge em directo com a sua estante como pano de fundo, são identificados os títulos editados pela Leya, remetendo para a loja online da editora sugerindo a compra do mesmo livro localizado na casa do comentador
 
vale a pena espreitar o vídeo da iniciativa

uma campanha digital (verdadeiramente) integrada, como raramente se tem visto. Integrada com o contexto em que vivemos, e integrada com o canal para o qual foi pensada, usando de forma interativa as stories com uma série de CTA's para a loja online

publicidade assim é bem vinda, criativa e que "envolve" em vez de interromper e aborrecer

a criatividade ao serviço da relevância em tempos de crise

muitos têm merchandising de eventos a que foram! eu sei que tenho. Mas ter merchandising dos eventos que nunca existiram?

a Uncancel Collection (https://uncancel2020.pt) é uma coleção de merchandising de eventos cancelados, cujas receitas revertem a favor da União Audiovisual e dos milhares de profissionais do sector dos espetáculos, festivais e eventos que estão a passar por tremendas dificuldades nestes tempos em que vivemos

 

além do merchandising dos eventos cancelados, para quem não deseje adquirir um dos produtos físicos disponíveis ou caso a coleção esgote, foi criada a t-shirt virtual “UNCANCEL COLLECTION”. Esta “e-shirt”, que também funciona com um conteúdo partilhável nas redes sociais, é um donativo direto aos profissionais do setor audiovisual que pode ser feito por particulares ou empresas e tem como objetivo sensibilizar para a causa, dentro deste conceito de ajudar quem mais sofre com o cancelamento dos eventos públicos


a iniciativa partiu da agência Stream and Tough Guy em parceria com a H2N, a NOSSA e a CorpCom (em regime pro bono). Falei com o  João Ribeiro, managing partner da Stream and Tough Guy, com quem tive o privilégio de trabalhar em conjunto no passado; partilho parte dessa conversa:

porquê esta iniciativa? [JR] “ao comprarem uma lembrança do evento que não aconteceu, os portugueses não estão apenas a comprar uma recordação de um espectáculo cultural ou desportivo que este vírus obrigou a cancelar mas estão, sobretudo, a ajudar os profissionais do setor na fase mais difícil das suas vidas. É uma forma de transformar o desperdício numa causa onde todos podem participar"

de onde surgiu a ideia? [JR] "a ideia surge quando pensámos que com os eventos cancelados deveria existir muito desperdício. Ligámos para promotores de espectáculos e marcas para validar esta observação. Falámos depois com a União audiovisual e ficaram muito surpreendidos e agradecidos por termos criado esta iniciativa para os ajudar"

alguma curiosidade com a implmentação da iniciativa? [JR] "As tshirts do rock in rio estavam no rio de janeiro (a organização tinha conseguido pôr em stand-by o merchandising do evento) e foram trazidas para portugal por hospedeiras amigas que voaram para o brasil e trouxeram nas suas malas de viagem. Fomos pessoalmente a paredes de coura buscar o merchandising do vodafone paredes de coura e do nos primavera sound. Algum do merchandising teve que ser lavado e passado a ferro por nós. Todo o merchandising é desinfectado. Somos nós que tratamos também do embalamento e envio" 
 
em baixo o flyer que cada pessoa que fez uma encomenda vai receber com a peça que comprou: "és um espetáculo"

a criatividade é sem dúvida um elemento chave à relevância em tempos de crise, este é um excelente exemplo! exige-se ao marketing e à publicidade o melhor que têm para materializarem e tornarem realidade iniciativas de mobilização para a promoção e desenvolvimento social

escrever o obituário da marca

o que aconteceria se a sua marca deixasse de existir? alguém lamentaria a morte da sua marca?



os jornalistas escreveriam capas de jornais a anunciar as suas conquistas? ou simplesmente adicionariam o facto a uma lista de histórias passadas remetidas para ultima página?

os analistas expressariam o seu desapontamento e a perda para o mercado? ou salientariam os indicadores que tornavam a morte previsível?

será que os colaboradores se perguntariam como foi possível uma morte tão abrupta? ou saberiam perfeitamente que isso era inevitável? os clientes lamentariam a sua falta? ou já nem tinha clientes...

uma das principais conclusões do estudo Global Meaningful Brands® da HAVAS de 2019 refere que os portugueses não sentiriam a falta de 77% das marcas com que interagem todos os dias, se estas desaparecessem amanhã! o valor mais alto de sempre desde que a pesquisa "Meaningful Brands®" começou em 2008 e 3 pontos percentuais acima dos resultados de 2017! #ups! (fonte)

centenas de marcas desaparecem todos os anos sem deixar grandes vestígios da sua existência, para além de uma memória vaga de terem feito parte da nossa vida. Marcas lideres, daquelas que aparentemente seriam lideres "para sempre", foram facilmente substituídas e esquecidas. Só a titulo de exemplo, nos telémóveis a Nokia e a Motorola, na fotografia a Kodak e a Polaroid... poderia continuar...

mas também outras centenas de marcas ficam! daí o nome deste blog, dedicado a elas. Marcas que permanecem relevantes, "independentemente" da geração (X, Y, Z, L...). Marcas que se actualizam, marcas que mantêm significado para os clientes e que continuam por isso a ser preferidas
 
um exercício que me tem ajudado a ajudar a pensar o estado actual de uma marca é precisamente forçar a resposta à pergunta: o que aconteceria se a marca deixasse de existir? é inspirado no excelente trabalho de Denise Lee Yohn e consiste em desafiar as pessoas (colaboradores, clientes, ...) a escrever o obituário da marca
‘um obituário é um registo necrológico veiculado nos meios de comunicação social. É um formato jornalístico do género utilitário, informando da morte de um indivíduo em particular. Em caso de pessoas famosas, normalmente traz um resumo das suas realizações em vida, com destaque para os episódios que as tornaram notáveis.’ (fonte)
não é o pensamento mais agradável, é verdade! mas ajuda ao processo de imaginar como seria se a marca com que interagimos todos os dias deixasse de existir. Neste exercício ajuda pensar a marca como se fosse uma pessoa, na sua totalidade, e tudo o que ela envolve – nos seus melhores dias, e quando executada com excelência.

é simples, "finja que é um repórter de um jornal local que tem de escrever o obituário para essa pessoa (a marca X), que acabou de falecer hoje." Este cenário inventado vai ajudar a olhar de frente para a essência da marca. Algumas questões que segundo a autora ajudam:
. Qual foi a maior conquista? Da qual será lembrada?
. Quem é que a marca deixa para trás? O que ficou por cumprir?
. Quem é que vai chorar por ter perdido a marca? e por quê?
. Que lições podem ser aprendidas com a vida da marca?
. O que pode ser aprendido na sequência da sua morte?
. Agora que a marca se foi, o que ocupará seu lugar?
depois de completar o texto, deve-se escrever um titulo que capture tudo o que é dito no obituário; esse título, a maior parte das vezes, captura em toda a plenitude o estado actual da própria marca

por norma costumo pedir para escreverem os obituários individualmente, mas depois partilhá-los com o grupo. Como são partilhados em voz alta, geralmente há algum desconforto (falar sobre o fim da marca não é compreensivelmente uma actividade desejável), mas há sempre, sempre, momentos de revelação, ou pelo menos momentos de externalização de informação pertinente

é recorrente surgirem temas comuns dentro da mesma marca e que a caracterizam perfeitamente e com grande clareza, para o melhor (por exemplo, conquistas, marcos históricos, quem sentirá a sua falta) e para o pior (por exemplo, causas da morte...)

é um exercício poderoso, mas que não deixa de ser um passo de diagnóstico! o trabalho ainda está todo por fazer ;) construir em cima do que se sabe e para conseguir o que se quer, uma marca relevante

purpose-led brands: linha de vestuário para pessoas com deficiência by Tommy

em 2016 a Tommy Hilfiger já se tinha associado à "Runway of Dreams", uma organização sem fins lucrativos fundada por Mindy Scheier, uma mãe de uma criança com distrofia muscular, para criar uma linha de vestuário mais inclusiva para crianças com deficiência

agora, a marca decidiu expandir a iniciativa para incluir uma colecção para adultos, esforçando-se por garantir a todas as pessoas com deficiência ainda mais opções de vestuário, mais adaptado às suas necessidades - chama-se "Tommy Adaptive" [link]

"Tommy Adaptive's mission is to be inclusive and empower people of all abilities to express themselves through fashion" refere o press release da marca

 

a linha inclui as peças essenciais como camisas, calças, calções, vestidos e casacos - sendo que as roupas Tommy Adaptive são mais fáceis de vestir. Modificações como bainhas ajustáveis, fechos de correr com uma só mão, aberturas laterais, sistemas de fecho de cordão, cintura ajustável, botões magnéticos e velcro, tudo ao serviço de tornar a roupa muito mais acessível às pessoas com deficiência. Algumas camisas são mesmo feitas com decotes de fácil abertura e aberturas de costas alargadas. Todos os modelos podem sem comprados na loja online da marca


 
de acordo com a revista Elle, este projecto resulta da articulação directa com a comunidade de pessoas com deficiência motora, para ter a certeza que eram introduzidas melhorias significativas desde os primeiros modelos lançados

em 2017 a Target também já tinha lançado a coleção Cat & Jack para crianças com deficiência motora; a própria Target também expandiu a sua linha de vestuário para mulher - Universal Thread - por forma a ser mais inclusiva

a revista "Mashable" incluiu esta iniciativa na sua categoria "Social Good", o que me parece acertadissímo! o post anterior - "you can talk the talk, can you walk the talk?" - falava precisamente sobre este tema: já não basta parecer, é preciso ser! Chamamos-lhe hoje "Purpose-led Brands"! são as marcas que vamos querer que façam parte do nosso futuro, porque são relevantes, porque acrescentam valor, porque têm um propósito e por isso fazem sentido para a nossa vida (que também tem e deve ter um propósito)

you can talk the talk, can you walk the talk?

uma coisa é as marcas comunicarem como o futuro devia ser, como nos devíamos comportar, como é que devíamos estar a mudar o mundo... blá blá blá... outra coisa é comunicar como se está - efectivamente - a mudar o mundo hoje

uma coisa é parecer interessante com a comunicação de uma acção futura (de que vamos ajudar, de que vamos mudar, ... só não sabemos é quando), outra coisa é ser interessante pelas consequências das nossas acções e comunicar precisamente isso! chamamos-lhe hoje "purpose-led advertising"

e quando se tem a mensagem certa, consegue-se coisas fantásticas como esta

sugiro ouvir a entrevista de Mike Watson da Wunderman Thompson, a agência responsável pela peça, na sequência dos recém criados prémios de eficácia da Kantar: "Future Proof: What makes a winning advert?"

por isso: parem de querer parecer interessantes, sejam interessantes

confiar nas marcas? porquê?

a evolução dos programas de fidelização, o crescimento do e-commerce e das compras online e o marketing digital (em geral) são algumas das grandes influências que mudaram a forma de interação do consumidor com as marcas

em consequência, as marcas têm agora à sua disposição grandes quantidades de dados, e estão a ser feitos esforços pela parte destas no sentido de fazer um uso maior (e melhor) dos mesmos, em benefício dos consumidores, delas próprias e dos seus parceiros

mas à medida que esta tendência se acelera, e que os consumidores se tornam mais exigentes em termos da utilização dos seus dados, começam a surgir questões importantes, tais como o que os clientes sentem sobre a utilização dos seus dados e para que tipos de serviços os consumidores estariam dispostos a partilhar os seus dados

é este o tema do relatório "The consumer data give and take", da Deloitte Global em parceria com a Ahold Delhaize, que detalha os resultados de um inquérito online realizado em 15 países e a 15.000 inquiridos sobre as atitudes em relação à utilização e partilha de dados dos consumidores (podem consultar o report aqui)

existem alguns dados que me parecem particularmente importantes, principalmente os que dizem respeito à confiança e à vontade em partilhar informação, nomeadamente nesta época de digitalização (à bruta e sem anestesia...)

ou seja, as pessoas (ainda) não confiam, ponto. E por isso não estão disponíveis para partilhar a sua informação (apesar de o fazerem muitas vezes "sem saberem"). Não preciso por isso de ler mais nada para perceber o que é que precisamos mudar com urgência. Falamos de digitalização, de propósito, de relevância... mas continuamos com um problema grave de (falta de) confiança... 
 
e a situação não é particularmente melhor para ninguém, sendo que aqueles que mais recolhem dados são aqueles em quem menos as pessoas confiam... porque será?

acho particularmente importante estimular a discussão em torno da necessidade de recolha de dados e da ética da utilização dos dados, das responsabilidades das marcas e das suas respostas à regulamentação da recolha e partilha dos dados pessoais, de acordo com as expectativas dos consumidores. Esta discussão será fundamental para a formação tanto da regulamentação como das expectativas dos consumidores

aí sim, poderemos dar um passo importante e falar de valores, de propósito e de relevância. 

a confiança "é a base da evolução de qualquer comunidade, tanto na sua vertente económica como na social ou cultural (...)  a variável com maior impacto na evolução económica das sociedades é a confiança - sem esta, o investimento nunca será suficiente, o consumo será sempre incerto e os níveis de poupança basear-se-ão mais na incerteza sobre o futuro do que na segurança

as palavras são do Prof. Carlos Brito, que tenho todo o gosto em citar porque sabe bem do que fala; por isso sugiro - para continuação desta nossa conversa - a leitura do artigo a "Economia da Confiança", para a Dinheiro Vivo, excelentemente bem escrito

confiar nas marcas? porquê? é a pergunta que eu peço a todos os que trabalham com marcas não deixem - nunca - de fazer

'the obsession with progress is what this place is about'

estou neste momento a ler o livro "The art of branded entertainment", um livro surpreendente por mil e uma razões, mas principalmente porque traz  luz ao fundo do túnel (bem escuro) em que as marcas e a publicidade se encontram, e nos ilumina um caminho a seguir - bem interessante

uma das iniciativas recorrentes ao longo do livro é a ação "The Farm" pela marca Adidas (já de 2017...). Em Greenpoint, Brooklyn, num armazém muito pouco pretensioso, mesmo em frente a um fornecedor de pedra, a Adidas tenta construir o (seu, o nosso) futuro

foi aqui que a empresa construiu a sua "Creator Farm", um local muito pouco secreto onde a Adidas acolhe equipas de "designers" de estúdios de todo o mundo


 


"the creator farm" não é o estúdio de design típico, e mantém esse nome porque a marca queria que o espaço fosse "earthy and real" e um lugar "where you can get your hands dirty"; nas palavras do director criativo:

"it's meant to be a little provocative, It's where we cultivate talent. [...] "It's more about exploration, the obsession with progress is what this place is about — not the obsession with results."

"people don't buy sports products ... just because they need a new pair of shoes, they want a new pair of shoes. You need to be able to blend those cultural insights and desires with the purpose of the product, the functional needs. That's the kind of thing we explore here."

(só uma curiosidade para os "nerds" do "branded content": o vídeo da marca tem 19.480 visualizações, o da Karlie Kloss tem 201.119, e a diferença de datas de publicação por si só nao chega para justificar a diferença de impacto)

para o que nos interessa - "the creator farm" - é uma parte importante da estratégia da Adidas para se aproximar e se manter em sintonia com as necessidades e vontades dos consumidores (actuais e futuros). E para isso criou o espaço que o permite, não ficou à espera de acontecer! Brilhante. 

só na industria do gamimg é que tenho assistido a iniciativas como esta, de envolvimento com as pessoas (consumidores ou outros profissionais) no desenvolvimento de produto, na inovação e na construção da própria (cultura da) marca - isto sim é construir de marca, é procurar relevância, propósito

ou, nas palavras dos próprios à pergunta "qual é a principal função do espaço?" — "criar cultura", respondeu Marc Dolce, VP e director criativo da Adidas! gosto

a ação de guerrilha que a Balenciaga queria ter feito

na passada terça-feira, Chang Wan-ji, 83 anos e a sua esposa Hsu Hsiu-e, 84, celebraram ter alcançado 50.000 seguidores no Instagram, com a sua 18ª publicação! No sábado (dia 24), o seu 19º post marcou a duplicação desse número. À data de hoje - apenas uma semana depois - já estão a acotovelar mais de meio milhão de seguidores



os proprietários da Lavandaria Wansho, no centro de Taiwan, tem vindo a lavar anonimamente a roupa dos habitantes locais nos últimos 70 anos. Aconteceu então a pandemia e o "confinamento". Para os manter entretidos, o seu neto, Reef Chang, convenceu-os a vestir roupas não reclamadas que os seus clientes tinham abandonado há anos. Para surpresa de todos, a conta resultante, @WantShowAsYoung, tornou-se um enorme sucesso, aparecendo nas páginas de "style" do New York Times e na BBC News

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6/27-7/27,讓萬吉和秀娥多麼驚奇一個月! 秀娥:「不要覺得自己老就想每天休息,因為這樣,只會讓你越來越老!」 一個月前的今天,姑且一試的發了照片,沒想到讓萬吉秀娥從不知道Instagram 的老人,變成了會看留言的年紀大的人! 👴🏼萬吉(身長160) 針織衫:至少5-10年未取針織衫 上衣:萬吉私服T-SHIRT 短褲:萬吉私服工作褲 👵🏼秀娥(身長155) 上衣:至少3-5年長版落肩T-shirt 裙子:秀娥30年以上私服 💡溫馨提醒|洗衣服請記得拿❤️ From 6/27 to 7/27, what a surprising month for Wan-Ji and Sho-Er! Sho-Er said, “Don’t just keep resting every day because you think you’re old. This will only make you older!” One month ago, I’d posted some photos and unexpectedly turned Wan-Ji and Sho-Er from old peoples that didn’t even know Instagram to someone that read through comments! 👴🏼Wan-Ji(160 cm) Sweater: unclaimed for 5-10 years Top: Wan-Ji’s own T-shirt Bottom: Wan-Ji’s own working pants 👵🏼Sho-Er(155 cm) Top: Long, oversize T-shirt, unclaimed for 3-5 years Dress: Sho-Er’s own dress, worn for at least 30 years 💡Remember to pick up your clothes ❤️ #萬秀洗衣店 #萬秀的洗衣店 #wantshowasyoung #grandparents - - _ #mixandmatch #clothes #ootd #instafashion #style #fashion #couple #夫婦 #80代 #grandma #grandpa #femmefuture #classyvision #vintage #古着 #コーディネート #love #laundry #outfits

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"Eles não tinham nada para fazer", disse Chang ao New York Times, que se tornou o estilista não oficial do perfil no insta. "Vi como eles estavam aborrecidos e queriam alegrar as suas vidas". Confrontados com a impossibilidade de abrir a loja, e compreensivelmente cautelosos em sair, os proprietários octogenários da Lavandaria Wansho moveram-se alegremente na direcção oposta . "O meu neto é muito criativo", disse a Sra. Hsu ao New York Times, "a sua criatividade faz-nos felizes e às outras pessoas também"

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一樣的衣服換一件裙子、一樣的褲子換一件衣服,再加上秀娥一個新的態度,就成了不同的萬吉👴🏼和秀娥👵🏼 萬吉很謝謝大家關心!藏起來的右手努力康復中! 👴🏼萬吉(身長160) 襯衫:至少6年未取花襯衫 內衣:萬吉日常白內衣 褲子:萬吉私服工作短褲 👵🏼秀娥(身長155) 上衣:8年未取紀念T(已找到新主人) 領巾:再度由被遺棄的手帕擔綱 裙子:再度由秀娥30年私服擔綱 💡溫馨提醒|洗衣服請記得拿、認同請分享❤️ These old clothes have been abandoned by customers at the laundry for years. Owners of the laundry store, Wanji and Sho-Er who are over 80 years old. Grandson just can't bear to see them overwhelmed with bore everyday. So, ask them to reinterpret fashion, hoping to let everyone know that age is not a barrier to have fun in fashion and even old clothings can transformed into trendy outfits! 💡A friendly reminder|Don’t forget to pick up your laundry. #萬秀洗衣店 #Wantshow #wantshowasyoung #grandparents - #mixandmatch #clothes #craftsman #しょくにん #ootd #wiw #instafashion #style #fashion #couple #夫婦 #80代 #budapest #grandma #grandpa #dappei @dappei_tw #juksyootd @mixfitmag_snap #cool_ootd #plainme_snap #plainme_life #femmefuture #culturecartel @nataliadornellas #classyvision #vintage #古着 #コーディネート

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60多年如一日的攜手,每天早上8點,萬吉秀娥依然準時開店! 好像有個結論,萬吉只要遮起⋯禿⋯頭,就變年輕⋯然後,秀娥目前沒有hold不住的穿搭啊! 👴🏼萬吉(身長160) 外搭:5年以上未取短袖襯衫 上衣:10年以上未取花襯衫 褲子:阿公私服洗衣工作短褲 👵🏼秀娥(身長155) 上衣:10年以上未取花襯衫 裙子:30年以上秀娥私服 💡溫馨提醒|洗衣服請記得拿、認同請分享❤️ These old clothes have been abandoned by customers at the laundry for years. Owners of the laundry store, Wanji and Sho-Er who are over 80 years old. Grandson just can't bear to see them overwhelmed with bore everyday. So, ask them to reinterpret fashion, hoping to let everyone know that age is not a barrier to have fun in fashion and even old clothings can transformed into trendy outfits! 💡A friendly reminder|Don’t forget to pick up your laundry. #萬秀洗衣店 #Wantshow #wantshowasyoung #grandparents #mixandmatch #clothes #craftsman #しょくにん #ootd #wiw #instafashion #style #fashion #couple #夫婦 #80代 #budapest #grandma #grandpa #dappei @dappei_tw #juksyootd @mixfitmag_snap #converse @converse #cool_ootd #plainme_snap #plainme_life #femmefuture #culturecartel @nataliadornellas #classyvision #vintage #古着

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a maior parte das publicações diz a época aproximada em que cada peça foi deixada no estabelecimento — algumas delas já parte do “acervo” de achados e perdidos há quase dez anos (!); os posts trazem ainda um lembrete amigável aos clientes: “Não se esqueça das suas roupas na lavanderia.”

escrevi este post ao som da musica dos Monty Python "Always Look On The Bright Side Of Life", achei a banda sonora mais adequada. Deixo-vos com um excerto, que é na verdade a razão de ser do sucesso deste casal e da iniciativa: "Keep 'em laughin' as you go"

"Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke, it's true
You'll see it's all a show
Keep 'em laughin' as you go
Just remember that the last laugh is on you
And
Always look on the bright side of life
Always look on the bright side of life

sendo este um blog sobre marcas, eu diria que esta é sem duvida a ação de guerrilha que a Off-White™ ou a Balenciaga gostariam de ter feito! pela irreverência, pelo "despropósito", pelo facto de fazerem do status quo o seu "punching bag" (e bem!)

a sociedade civil a servir de inspiração às marcas! gosto disso

a t-shirt phygital da Carlings

a marca de roupa escandinava Carlings criou uma T-shirt que é – ao mesmo tempo – física e digital, o que a torna um dos melhores exemplos de um produto da nova "Era Phygital”


phygiquê?

phygital é um termo resultante da contração de Physical (físico em inglês) com Digital, que propõe a união de experiências de átomos e bits, analógica e digital. Compreende que os mundos real e o virtual estão cada vez mais próximos, que esses mundos colidiram e já não existem barreiras que os separem

fala-se inclusive de "phygital marketing" como uma estratégia para as marcas que procuram interagir com os consumidores neste novo território, onde as fronteiras entre físico e digital desapareceram, ou estão cada vez mais diluídas

o que nos traz de volta à Carlings

a marca escandinava Carlings, conhecida por criar a primeira colecção de vestuário digital de sempre, está a revolucionar uma vez mais a indústria da moda. Desta vez, é com "The Last Statement T-shirt", que a marca afirma ser o primeiro "tee" do mundo a integrar realidade aumentada

a marca tinha como objetivo conseguir colocar-se ao lado da geração "nativa digital" no protesto a favor da sustentabilidade, nomeadamente no esforço para reduzir o impacto ambiental do chamado “fast fashion”

para ajudar a resolver o conflito entre querer comprar mais roupa mas não quer contribuir mais para a crise climática, a t-shirt "The Last Statement" oferece aos utilizadores uma nova opção: permite mudar a mensagem na t-shirt sem a danificar ou ter de comprar uma nova - o "santo gral" para qualquer instragramar

as pessoas compram a T-shirt - que é branca à parte de um logotipo gráfico no topo - no website da Carlings por 39,90 euros. A T-shirt é então enviada directamente para o cliente; após a entrega do artigo, os clientes podem visitar a conta Instagram dedicada da Carlings, seleccionar o ícone de filtro e escolher entre uma variedade de desenhos; depois é só apontar a câmara para o logótipo gráfico da T-shirt. Isto irá sobrepor digitalmente o desenho seleccionado à T-shirt

todos os desenhos e animações incluem mensagens ambientalmente conscientes, tais como "Parem de negar que o nosso planeta está a morrer" e "Tenho a certeza que os dinossauros pensaram que também tinham tempo"

novas mensagens irão aparecer regularmente na conta Instagram da marca "para que todos os dias a t-shirt possa exibir um novo desenho de declaração animada para amplificar a tua mensagem", de acordo com o site da Carlings

depois de revelar a iniciativa no nosso evento anual da marca em Londres, a Carlings disponibilizou as T-shirts para compra no seu website sendo que 25% de cada compra será doada à instituição de caridade WaterAid


o projecto foi criado pela Virtue Nordic, a agência criativa da Vice Media com sede em Copenhaga
[One Shirt – 100’s of Designs] The Last Statement T-shirt takes a classic pillar of youth rebellion and reinvents it for the digital age. Through a custom version of Instagram/Facebook filters, you can digitally change its design. So every day, the shirt can display a new animated statement design to amplify your message. Without ever having to buy another t-shirt.  


façam por favor uma vénia à Carlings e à Virtue Noridic

primeiro, a ação da Carlings vai directa ao cerne do problema que as marcas enfrentam na procura de um equilíbrio entre o ganho comercial e o facto de ser mais sustentável. Cada vez mais pessoas reconhecem que precisamos de desperdiçar menos para proteger o nosso planeta, mas a pressão das marcas sobre as pessoas é para comprarem mais. Este é o enigma no centro da crise do consumo, e que me tem levado a pensar que teremos de evoluir, não para consumir menos ou consumir mais, mas para consumir melhor!

segundo, porque é só o melhor exemplo à data de uma iniciativa verdadeiramente Phygital para a geração nativa digital e eco consciente, mas de longe!

o que acharam?

good bots, bad bots, and... humans

de repente o "marketing" como o conhecemos está morto! e deve ser, urgentemente, substituído pelo "growth hacker"! Silicon Valley - e o COVID-19 - assim o ordenam. E o que é um growth hacker? nas palavras de Andrew Chen, no artigo "Growth Hacker is the new VP Marketing"

"Growth hackers are a hybrid of marketer and coder, one who looks at the traditional question of “How do I get customers for my product?” and answers with A/B tests, landing pages, viral factor, email deliverability, and Open Graph. On top of this, they layer the discipline of direct marketing, with its emphasis on quantitative measurement, scenario modeling via spreadsheets, and a lot of database queries. If a startup is pre-product/market fit, growth hackers can make sure virality is embedded at the core of a product."

e o "direct marketing" aparece novamente como o futuro do marketing ;) só que hoje são "cliques", em vez de cupões de jornais! de repente o digital parece ser a única salvação do marketing, e o growth hacker o seu messias! nas palavras de Ryan Holiday,
"Growth hacking threw out the playbook of traditional marketing and replaced it with only what is testable, trackable, and scalable. Its tools are emails, pay-per-click ads, blogs, and platform APIs instead of commercials, publicity, and money. While traditional marketing chases vague notions like “branding” and “mind share,” growth hackers relentlessly pursue users and growth — and when they do it right, those users beget more users, who beget more users. They are the inventors, operators, and mechanics of their own self-sustaining and self-propagating growth machine that can take a start-up from nothing to something”
por mim tudo bem... mas não sem antes perceber que quase metade do tráfego da Internet vem de bots - aplicações de software que executam tarefas automatizadas para quase tudo o que se possa imaginar na Internet... o que nao acontecia com os cupões dos jornais...

em 2019, segundo dados do recente "Bad Bot Report - Bad Bots Strike Back (2020)" da Imperva (link),  o tráfego de "bad bots" atingiu o valor mais elevado de sempre, representando 24,1% de todo o tráfego na Internet. Se acrescentarmos a atividade dos "good bots", percebemos que 37,2% do tráfego na Internet não é humano. Por sua vez, o tráfego humano na Internet aumentou em 1,1%,  para 62,8% do total



a boa noticia, é que em 2014 só pouco mais de 40% do tráfego na Internet era Humano, hoje ultrapassa os 60%. A má noticia é que, quase 40%, ainda são bots...


eu não estou por isso preparado para deixar a minha profissão nas mãos de bots, bons ou maus ;)

até porque os "good bots" podem enviesar os analytics da web, fazendo com que algumas páginas pareçam mais populares do que realmente são. Por exemplo, se fizer publicidade do seu website, os "good bots" podem gerar uma impressão, mas esse clique no anúncio nunca se converte no funil de vendas, porque não é uma pessoa

contas "por alto", para um CTC de 1 eur, se tivermos 100 cliques, 60€ do investimento foram efetivos, 40€ foram diretamente para a plataforma anunciante (provocada por bots, mas que o anunciador paga e a plataforma cobra)... por isso na verdade a campanha não chegou a 100 pessoas, chegou a 60 e o CTC real foi de 1,67€

se os analytics do website estiverem poluídos com bots, qualquer decisão baseada na origem desse tráfego está potencialmente "viciada". Ser capaz de separar inteligentemente o tráfego gerado por utilizadores humanos legítimos, "good bot", "bad bots" é essencial para a tomada de decisões comerciais informadas

por isso, como diria Yoda "So certain were you. Go back and closer you must look"

um lápis que é um aliado da diversidade cultural

a marca GIOTTO lançou "recentemente" uma variedade de doze lápis para colorir com os tons de pele mais encontrados nas pessoas



não é a primeira marca a fazê-lo, existem outras, como por exemplo a Faber-Castell ou a Lyra, também com colecções mais ou menos semelhantes, de lápis para colorir com os diferentes tons de pele

quis no entanto aproveitar o momento para deixar aqui este excelente exemplo de como trabalhar o posicionamento de uma marca com o lançamento de novos produtos

com o #Giottoskintones através do atributo mais "básico" do produto - a cor - construiriam uma ferramenta poderosa, evoluíram do simples lápis de colorir para um instrumento de comunicação de valores fundamentais como a "diversidade cultural"

isto junto de vários targets-alvo, as crianças obviamente, mas também os professores e as famílias, que vêm aqui uma oportunidade ótima para por o tema "no papel"



a Giotto está a construir uma imagem de "inovação", "responsabilidade social", "cidadania", "proximidade", "diversidade" e "cultura" com o seu produto de sempre: lápis! keep it simple



quem cair na tentação de dizer que lápis de cor são "commodities"... desengane-se! e leia este post todos os dias de manhã até ter aprendido ;) 

nunca como hoje fez tanto sentido partilhar estas boas práticas

quem quiser conhcer o site do produto por ver aqui

marcas à beira do abismo?

a revista The Economist preparou uma apresentação extremamente interessante (e tendenciosa quanto baste, tal como mandam as regras) das implicações de simplesmente cortar no investimento em publicidade durante um periodo de crise ou recessão 

deixo-vos na evidência dos números, nas palavras dos gurus e nas sábias citações:


dizem que devemos aprender com o que a história nos ensina. Este trabalho do The Economist é de 2012

fui ao livro "Ogilvy on Advertising"de 1983 encontrar a seguinte referência ao mesmo tema, neste caso sobre os (não) investimentos das marcas nos EUA durante o periodo da grande recessão:
"the companies that did not cut their advertising budgets did better in every year. By 1977 their sales had more than doubled, while sales had barely gone up 50% for companies that cur their advertising. 1975 sales were down for the companies that cut their advertising, but up for those that didn't"
como diria o Yoda, "Difficult to see. Always in motion is the future…"

but fu*k it, save the koalas

o instagram apagou a conta de uma modelo que arrecadou US$ 500 mil para o combate aos incêndios na Austrália... com nudes :)

valores mais altos se levantam... ou então não! 


a "influencer" e modelo Kaylen Ward publicou no seu Twitter () o aviso de que estaria distribuindo nudes no Insta para quem comprovasse que doou pelo menos dez dólares às instituições australianas que ela havia listado e que estavam ajudando as vítimas do recente desastre ambiental

o tweet obteve nada menos que quarenta mil retweets e permitiu que a modelo arrecadasse cerca de quinhentos mil dólares

a campanha não foi do agrado do Instagram, que notificou Ward de que sua conta seria eliminada por postar “conteúdo sexualmente sugestivo”. A modelo diz que não violou quaisquer diretrizes e declarou no Twitter que irá continuar com a ação, na procura da maior quantidade de fundos possíveis para ajudar o povo australiano que foi atingido pelo fogo.
Activismo "incompreendido" e/ou má gestão de marca de curto prazo?  uma das duas ou ambas?